quarta-feira, 22 de março de 2017

OS NPs INSISTEM



Não sei, mas imagino, quem mantem estes provocadores activos e não decide que os deve refrear, antes os excita. Quem os coordena deve sonhar em recuperar um poder que, passados 43 anos de ter instalado o regime democrático é pouco menos que inaceitável.

Para meu sentir já estou cansado e enfastiado, para não dizer que enraivecido, dado que não sou de índole de andar em brigas, com a insistência em provocar situações de conflito, tal como ontem aconteceu, mais uma vez, na Universidade Nova de Lisboa, onde foram rejeitados, pacíficamente, por uma larga maioria de estudantes e docentes.

A estrategia que os Nps estão aplicando não é nada nova. Seguem o mesmo roteiro das camisas negras de Mussolini, das camisas castanhas de Hitler e das camisas azuis de José António Primo de Rivera, depois herdadas, para seu benefíccio, pelo general Francisco Franco. Só lhes falta, que eu saiba, uma camisa que os identifiue; podia ser a verde dos legionários de Salazar. Por enquanto estão na primeira fase, a preparatória, e aguardam entrar nas fases activistas, tal como os seus predecessores fizeram com a Segunda República.

O que eles querem, como se ve ser evidente, é que fazendo tropelias, desacatos, provocações, e o mais que se lhes ocorra dentro da lista que possuem como activistas, conseguir que seja necessário o recurso das forças que garantem a segurança pública. Se tal acontecer ganharão a segunda batalha, (1) clamando que um governo de esquerda quer, pela força repressora, calar a “oposição nacional”, dado que eles se auto qualificam como os verdadeiros portugueses, os escolhidos por Deus para restaurar a honra do País, e outras tretas do mesmo calibre.

Os velhos que os ilustram conhecem bem todas as manobras a seguir, até porque alguns são mesmo eruditos nestes temas. E não aponto a ninguêm em concreto!


(1) a primeira batalha ganha foi a de conseguir notoriedade com a falácia de pedir e preparar uma palestra, admitindo que os alunos da Universidade eram uns atrasados mentais, que não enxergavam a manobra, e entrariam ao trapo, como entraram de facto. Uma ratoeira bem armada, diga-se de passagem.

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