Não
sei, mas imagino, quem mantem estes provocadores activos e não
decide que os deve refrear, antes os excita. Quem os coordena deve
sonhar em recuperar um poder que, passados 43 anos de ter instalado o
regime democrático é pouco menos que inaceitável.
Para
meu sentir já estou cansado e enfastiado, para não dizer que
enraivecido, dado que não sou de índole de andar em brigas, com a
insistência em provocar situações
de conflito, tal como ontem aconteceu, mais uma vez, na
Universidade Nova de Lisboa, onde foram rejeitados, pacíficamente,
por uma larga maioria de estudantes e docentes.
A
estrategia que os Nps estão aplicando não é nada nova. Seguem o
mesmo roteiro das camisas negras de Mussolini, das camisas
castanhas de Hitler e das camisas azuis de José António
Primo de Rivera, depois herdadas, para seu benefíccio, pelo general
Francisco Franco. Só lhes falta, que eu saiba, uma camisa que os
identifiue; podia ser a verde dos legionários de Salazar. Por
enquanto estão na primeira fase, a preparatória, e aguardam entrar
nas fases activistas, tal como os seus predecessores fizeram com a
Segunda República.
O
que eles querem, como se ve ser evidente, é que fazendo tropelias,
desacatos, provocações, e o mais que se lhes ocorra dentro da lista
que possuem como activistas, conseguir que seja necessário o recurso
das forças que garantem a segurança pública. Se tal acontecer
ganharão a segunda batalha,
(1) clamando que um governo de esquerda quer, pela força repressora,
calar a “oposição nacional”, dado que eles se auto qualificam
como os verdadeiros portugueses, os escolhidos por Deus para
restaurar a honra do País, e outras tretas do mesmo calibre.
Os
velhos que os ilustram conhecem bem todas as manobras a seguir, até
porque alguns são mesmo eruditos nestes temas. E não aponto a
ninguêm em concreto!
(1)
a primeira batalha ganha foi a de conseguir notoriedade com a falácia
de pedir e preparar uma palestra, admitindo que os alunos da
Universidade eram uns atrasados mentais, que não enxergavam a
manobra, e entrariam ao trapo, como entraram de facto. Uma ratoeira
bem armada, diga-se de passagem.
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