Duas meias dúzias de loucos,
apoiados por uns velhacos que são apologistas do quanto pior
melhor, estão procurando instalar um clima de confronto neste
País que já se habituou, com agrado, a viver em paz e sossego. E
estes insensatos agem no seio dos respeitáveis cidadãos que
preferem uma vida tranquila e sem sobressaltos, com trabalho e o
rendimento merecido que lhes corresponde.
Uns,
instalados num governo complexo, engendrado pelo actual cabeça do
Partido Socialista, mantiveram-se sossegados até o momento,
aparentemente satisfeitos com a recuperação de parte dos recortes
que foram impostos pelos credores. Sem hesitação sentidos como o
reflexo inevitável aos disparates cometidos por diferentes governos,
numa sequência de aventuras e decisões sem sentido de estado, ao
que se juntou o conhecido lema de Fartai vilanagem!
Hoje,
já imaginando que estão “libertos das grilhetas” os da
esquerda, felizmente mais caviar do que de açorda, mostram os
dentes. Admito ser possível que mais para fazer de papão do que por
convicção, pois aqueles que sabem como está a economia não deixam
de ser conscientes de que o panorama não alberga brincadeiras nem
abusos.
Os
outros deram carta branca aos saudosos, que anseiam por retomar as
tácticas dos caceteiros de má memória, e que tanta desgraça
deram a Portugal, e que, incitando a população ao medo e incerteza, propiciaram o derrube efectivo da República, instalando uma
ditadura que manteve, nominalmente, o título de República e até
de um Presidente da mesma, se bem que a governação esteve sempre
sob o comando absoluto do Presidente do Concelho.
Alguns
jovens universitários, conscientes mas não totalmente astutos,
viram, com razão, que a tal conferência formava parte dum esquema
para juntar saudosistas. A formação dos auto-qualificados de
Restauradores de Portugal, ou coisa parecida, fizeram uma jogada de
mestre. E os que se opuseram caíram na ratoeira. Vimos como era
indiferente deixar que a palestra tivesse lugar ou conseguir anular a
iniciativa. Os saudosistas ganhavam, e ganharam, em qualquer uma das
opções. Tinham as parangonas preparadas para inflamar os espíritos
mais crédulos.
Falta
ver se, dentro dos que não vêem com bons olhos uma governação de
esquerda, que inicialmente se poderia qualificar de desnatada mas que
sente-se ter elementos, também eles, com a mente destrambelhada,
haverá gente sensata que não esteja a dormir, e se comportem com
decisão no sentido de não darem hipóteses a loucuras. Devemos
confiar em que a sensatez prevaleça e assim consigam travar as
provocações sem sentido, no seu campo.
O
mesmo se pode pensar a respeito do grupo de republicanos não
socialistas e afins. Devemos fazer figas para que tenham coragem e
força de persuasão para recolher, e neutralizar, os activistas que
se mostram desejosos de mudar os ventos da história.
É
muito importante que se mantenha vigente a democracia, que para se
conquistar implicou bastantes penas e dissabores, pelo menos para
aqueles que puseram a sua vida em jogo pensando no bem comum. A
instalação de um estado totalitário, seja da esquerda ou da
direita, não seria benéfico para uma Nação que, de facto, está
com a economia abaixo da linha de água. Mesmo que o cidadão não
sinta. Mas a dívida impagável (?) constitui uma espada de Democles
sobre as nossas cabeças.
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