quinta-feira, 9 de março de 2017

INSENSATOS



Duas meias dúzias de loucos, apoiados por uns velhacos que são apologistas do quanto pior melhor, estão procurando instalar um clima de confronto neste País que já se habituou, com agrado, a viver em paz e sossego. E estes insensatos agem no seio dos respeitáveis cidadãos que preferem uma vida tranquila e sem sobressaltos, com trabalho e o rendimento merecido que lhes corresponde.

Uns, instalados num governo complexo, engendrado pelo actual cabeça do Partido Socialista, mantiveram-se sossegados até o momento, aparentemente satisfeitos com a recuperação de parte dos recortes que foram impostos pelos credores. Sem hesitação sentidos como o reflexo inevitável aos disparates cometidos por diferentes governos, numa sequência de aventuras e decisões sem sentido de estado, ao que se juntou o conhecido lema de Fartai vilanagem!

Hoje, já imaginando que estão “libertos das grilhetas” os da esquerda, felizmente mais caviar do que de açorda, mostram os dentes. Admito ser possível que mais para fazer de papão do que por convicção, pois aqueles que sabem como está a economia não deixam de ser conscientes de que o panorama não alberga brincadeiras nem abusos.

Os outros deram carta branca aos saudosos, que anseiam por retomar as tácticas dos caceteiros de má memória, e que tanta desgraça deram a Portugal, e que, incitando a população ao medo e incerteza, propiciaram o derrube efectivo da República, instalando uma ditadura que manteve, nominalmente, o título de República e até de um Presidente da mesma, se bem que a governação esteve sempre sob o comando absoluto do Presidente do Concelho.

Alguns jovens universitários, conscientes mas não totalmente astutos, viram, com razão, que a tal conferência formava parte dum esquema para juntar saudosistas. A formação dos auto-qualificados de Restauradores de Portugal, ou coisa parecida, fizeram uma jogada de mestre. E os que se opuseram caíram na ratoeira. Vimos como era indiferente deixar que a palestra tivesse lugar ou conseguir anular a iniciativa. Os saudosistas ganhavam, e ganharam, em qualquer uma das opções. Tinham as parangonas preparadas para inflamar os espíritos mais crédulos.

Falta ver se, dentro dos que não vêem com bons olhos uma governação de esquerda, que inicialmente se poderia qualificar de desnatada mas que sente-se ter elementos, também eles, com a mente destrambelhada, haverá gente sensata que não esteja a dormir, e se comportem com decisão no sentido de não darem hipóteses a loucuras. Devemos confiar em que a sensatez prevaleça e assim consigam travar as provocações sem sentido, no seu campo.

O mesmo se pode pensar a respeito do grupo de republicanos não socialistas e afins. Devemos fazer figas para que tenham coragem e força de persuasão para recolher, e neutralizar, os activistas que se mostram desejosos de mudar os ventos da história.



É muito importante que se mantenha vigente a democracia, que para se conquistar implicou bastantes penas e dissabores, pelo menos para aqueles que puseram a sua vida em jogo pensando no bem comum. A instalação de um estado totalitário, seja da esquerda ou da direita, não seria benéfico para uma Nação que, de facto, está com a economia abaixo da linha de água. Mesmo que o cidadão não sinta. Mas a dívida impagável (?) constitui uma espada de Democles sobre as nossas cabeças.

Sem comentários:

Enviar um comentário