quinta-feira, 9 de março de 2017

OPINIÃO PESSOAL



Já são bastantes os pensadores habilitados, que desde que explodiu a crise financeira-mercado aberto-desindustrialização-migração e mais outros reflexos que estas brilhantes iniciativas afectaram o espaço da UE, e não só, entenderam que era a altura de apresentar, publicamente, os seus pensamentos e deduções. Nem sempre originais.

Hoje acordei com a cisma de que se outros, mesmo que admitindo serem mais sabedores e melhores analistas, se atreviam a pontificar, não havia a mínima razão para que me inibisse. O asneirar é livre e democrático. Por isso... cá vou eu!

Tentando ser breve, coisa que me é difícil, opino que o problema só reside em que os organizadores desta ideia de formar um bloco europeu que, ilusoriamente, conseguisse, em pouco tempo, não só tornar efectivo o sonho da França e poder travar a Alemanha, além de competir, com vantagem, com o colosso americano, verificou-se, ao fim de pouco tempo, que o tiro saiu pela culatra.

Imaginar que se poderia unificar a Europa, como aparentemente existe nos EUA é esquecer que as múltiplas nacionalidades, e sub-nações, da velha Europa carregam uma longa história de conflitos, guerras, massacres e incompatibilidades que, caso se pretendesse esquecer, careceria de um dilatado tempo de adaptação e mudança.

Resumindo: Todos os problemas de base, desde a moeda única e a tentativa de construir uma governação sobreposta e com mandato a ser obedecido, padecem, de entrada e seguimento, de não ter dado tempo a que as modificações sedimentasem.

Além de, com uma visão popular, se apreciar que colocaram a carroça à frente dos bois, também se confirmou a dificuldade existente para igualizar, normalizar à força, à pressão, zonas geográficas e as suas populações que, entre outros factores, estavam moldados por climas e terrenos muito diferentes.

Imaginar que por intuição, quase que divina (e passe a irreverência) podiam equiparar-se os habitantes e as condições a que cada um deles estava sujeito, desde muitas gerações atrás, e conduzir esta mistura do mesmo modo tranquilo com que um pastor pode orientar um rebanho mixto de cabras e ovelhas, foi um disparate caro, não só em custos quantificáveis em dinheiro mas também porque, como já citei mais atrás, nem tudo e nem todos são compatíveis.


A União Europeia não só foi incapaz de “digerir” os membros iniciais como, pela gulodice e ambição, mais a ignorância quanto a forma de conduzir uma manada tão complexa, ainda meteu mais gente no barco. O sinal do naufrágio previsível já o deu a Inglaterra, sempre ciosa da sua insularidade, separada do continente.

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