quarta-feira, 26 de julho de 2023

 SOSSEGO

Todos queremos sossego e boa alimentação. Isso da BOA ALIMENTAÇÃO, é problemático, pois, a meu ver, mesmo aqueles obesos patológicos sabem, (e escondem, não dizem abertamente), que mesmo dormidos mastigam o que sonham.

Quanto ao sossego depende muito daqueles fatores que nos diferenciam no meio da multidão.

Nesta altura (do campeonato, como dizem alguns ... se calhar porque pensam demasiado no futebol...) há um tema que me faz «comichão«, apesar de que não estou ligado nem condicionado.  Creio (sou excessivamente crédulo)que a República Portuguesa caracteriza-se, em teoria pelo menos, por ser Irreligiosa, ou mesmo ateia (alteia é uma raiz que se considerava, quando adicionada a rebuçados de derreter chupando  (alto aí! há CHUPAR E CHUPAR ..., e não digo lamber, pois nisso já derivaríamos para temas  heterogéneros  ((esta palavra foi escolhida para fugir pela tangente)) milagrosa para acalmar a tosse).

Mas  retomando o discurso: A MEU JUÍZO a governação da República, tentando justificar por um pretenso «retorno económico« investiu, e contínua a investir, numa iniciativa de cariz «clubístico«, sem ofender aos crentes, mas devem reconhecer que atualmente a sua fraternidade (para a definir de alguma maneira) já não é oficialmente a comum à totalidade da população de Portugal, incluindo aqueles residentes que não auferem da nacionalidade portuguesa.

EU, pessoalmente e «GRAÇAS A DEUS« sou ateu total e não me incomodam, mesmo esqueço sem desprezar, aqueles que entendem isso de ser crentes e devotos. é com eles, E PODEM FICAR EM PAZ, SOSSEGADOS, pois daqui não partirão impropérios e menos ainda pedras ou calhaus rolados (aleijam menos do que as pedras facetadas e bicudas. MAS ALEIJAM!!!) O que não me parece correcto é gastar verbas com o propósito de «agradar« a um sector da população, enquanto que permanecem esquecidos muitos cidadãos que tem um mal viver difícil, por vezes impossível de ultrapassar pelos seus meios individuais.

Sendo COMO É (apesar da publicidade enganosa que se fez e insiste) um espetáculo mediático, no qual não duvidamos que alguns bolsos se rechearão com verbas públicas, que foram «suadas« pelos desconhecidos cidadãos.

E FICO POR AQUI.

domingo, 2 de julho de 2023

AS ADIÇÕES

 AS ADIÇÕES

Generalizar em nível de «absoluto«, além de errado é perigoso. TODOS OS ABSOLUTISMOS foram. são e serão, prejudiciais, seja de imediato, a médio ou a longo prazo. O manter uma decisão como algo imutável pode tornar-se contraproducente, e está contra a mesma biologia que nos permite usar um corpo, sempre em regime de substituição molecular, como se fosse imutável, fixo. Um erro (mais um entre muitos) que não nos orienta para ver a árvore no meio do bosque.

Mas, vou entrar no tema que me incitou a escrever:

O JOGO, concretamente aquele que implica colocar bens (seja dinheiro vivo ou outro bem transacionável) confiando na boa sorte ou na própria, pessoal, capacidade e habilidade para conseguir «rapar« o que estiver na mesa (nem que seja metafórica mente)                              Sei, por experiência própria, que conseguir chegar a uma idade provecta sem cair na tentação dos «jogos de azar« é um feito que devem conseguir um número restrito de pessoas. Não é por simples embirração que  O JOGO está classificado nos primeiros lugares na lista dos vícios.

Seria  tedioso e improfícuo tentar dissertar sobre este tema, pois que atrevo-me a admitir que muitos de nós (quase todos?) temos experiência pessoal ou convivemos com viciados neste veneno social. Felizmente e por ter sido orientado cabalmente pelos meus familiares ao longo a formação, mantenho-me relutante  em participar em jogos que impliquem apostar, nem que seja »a feijões«, pois sempre é «inocentemente« que o vícios nos invadem e escravizam.

domingo, 11 de junho de 2023

A TAL ETNIA

 A TAL ETNIA

Após ter sido extorquido sem sentir que devia, mas não me atrevia, a fazer frente a uma armadilha totalmente falsa, deduzi que alguns elementos (felizmente não devem ser todos, pois de contrário estaríamos bem lixados) que nos fazem extorsão fingindo sermos responsáveis de pequenas mazelas nas suas viaturas, mas que, como demostração de boa vontade e cidadania (?), podem #esquecer# aquele nitidamente hipotético prejuízo na sua viatura (em geral uns riscos que sabe-se lá quando e 0onde foram causados) a troco de que  lhes entreguemos uma quantidade de dinheiro, totalmente aleatória,e  sempre seguida de um discurso (que parece gravado e muito ensaiado) no qual afirmam que, sem dúvida alguma, fomos nós que causamos na sua viatura. 

Se, receosos do que possa vir a seguir se lhes oferece algum dinheiro. o que se segue é o afirmarem que aquela contribuição é insuficiente. Temos que abrir mais o bolso! que se lhes oferece é pouco. 

Para dar mais uma maior credibilidade acrescento que nós, o casal, já somos muito idosos (ambos com mais de oito décadas às costas) e que apesar de a cena se repetir, sempre, no parque de estacionamento de um super-centro comercial, o ambiente, em muitas ocasiões e sempre que nos fazem este filme, não tem outros cidadãos do que nós, e os »reclamentes» Ou seja, o facto subjacente é que os idosos temos receio do comportamento que imaginamos serem capazes aqueles que tem a pinta de pertencerem #a tal etnia#

Quando vemos que se a nossa viatura inicia o andamento e a dos que nos exigem dinheiro ou mesmo insinuam ameaças, desde a janela aberta lhes dizemos que este assunto deve ser tratado com a polícia e que daremos toda a nossa colaboração para irmos, as duas viaturas, até à esquadra da polícia e registar a queixa (deles?) Normalmente o filme acaba aqui. Curioso, não é?

Mas,  temos uma situação vivida mais curiosa, cívicamente mais agradável- Numa ocasião fomos interpelados, desde dentro da outra viatura, por um indivíduo adulto, que aparentava entre 30 e 40 e que debitou o discurso habitual. MAS...  desta vez o reclamante, ao volante do seu carro, estava acompanhado de um jovem, entre os 15 e 18 anos, que lhe disse ( e nós ouvimos) DEIX E ESTAR ESTES SENHORES... (os velhadas que somos)

E assim terminou, sem problemas.  E pensamos: será que os seus jóvens, já com educação mais cívica e social, serão capazes de neutralizar os hábitos comuns a muitos adultos deste grupo étnico-social (ou pouco social em certas ocasiões)?


quarta-feira, 31 de maio de 2023

 MEDITAÇÕES

Qualquer dia, de tanto meditar (?) sairá fumo pelas minhas narinas e ate pelas orelhas.

Penso eu de que (onde encontrei esta frase tão explícita e inútil?) esta mania de imaginar soluções miraculosas (sem ter que orientar uns pastorinhos analfabetos) deve ser consequência deste ar atlântico que nos impregna e  nos incita a navegar e descobrir «novos mundos para o mundo«

Mas, a nossa sina é mesmo triste, mais do que a do fado castiço. Está à beira litoral de cair nas águas gélidas deste mar tenebroso. Tão tenebroso que não nos comove ver, todos os anos na considerada #época balnear# ver pessoas, entre elas indefesas crianças, que emergem do «banho salutar« tremendo como varas verdes e roxas como uma couve roxa, que não se deve confundir com a pera rocha, nem com a maçã assada.

E, inevitavelmente, o vocábulo ROCHA ou Roxa se preferir (como pode apreciar, estimado/a leitor/a aqui damos entrada a todas as preferências pessoais) tem casos pontuais, desde o mais vetusto e conhecido ROCHA TARPEIA, que, em tempos muito #arrecuados# funcionava como uma clínica para atender as crianças, recém nascidas, que apresentavam maleitas na época consideradas de impossível arranjo. A solução, cruel, mas efectiva, era a de as enviar para o espaço onde campeiam, ou deslocam pelos ares, os tais anjinhos. 

Entre eles o famosíssimo Cupido (não confundir com cuspido, ou pior se escarrado «tempos atrás ouvia-se este qualificativo para definir a inquestionável ascendência de uma tenra criancinha Uma afirmação das muitas que são incontornáveis. Esta de cariz identificativo, e maiormente do léxico rural de que «ele é escarradinho ao pai».   Os «rurais« dizem, ou diziam, coisas tremendas.

Atendendo a que é provável o facto de a maioria dos habitantes deste retângulo, tenha origens ou mesmo familiares que residam o seio da tal «ruralidade«, facto em si que não é detestável. Pelo menos para aqueles que, com a desculpa de  ir matar saudades dos parentes «campestres« aproveitam par voltar aos evoluídos (?) ninhos de modernidade onde moram, carregando as suas viaturas automóveis com sacas de batatas, cebolas, couves e cenouras que, sem dúvida, são muito mais saborosas e saudáveis do que as que podem comprar (pagando!!!) no super que lhes fica perto. E se não são de facto tão excelentes, o imaginário induz a que se considerem excepcionais.

Retomando o discurso (perdi-me com a história das batatas caseiras...) são as crianças  citadinas que mais surpresas encontram no vocabulário dos seus parentes, que proliferam em ramos de árvores assentes na terra e não no alcatrão. Instintivamente elas (as tenras criancinhas e também os vaidosos - não sei bem de que- adultos) tentam «instruir« aqueles tristes (?) rústicos com o que na actualidade se usa no seio das pessoas «educadas«   (esta afirmação noeminha, como dizia-se que o futebolista Eusébio denominava a sua filha)

sexta-feira, 21 de abril de 2023

DO QUE NOS ALERTAM OS DITADOS POPULARES

 A GROSSO MODO atrevo-se a classificar os anexins, também assim chamados os ditados prá-pulares, em dois grandes grupos: 

Os positivos, válidos em qualquer altura, mesmo com chuva e vento.

E os denunciadores, os malandrecos. Que, obviamente, são os mais apreciados  (não confundir com as GALERIAS, com  cujos patrões não tenho qualquer contrato, e nem sequer sou cliente...)

Na minha ,insignificante, biblioteca tenho alguns libros de recolha destas pérolas de sabedoria (também denominados ANEXINS e RIFÕES)  -palavrões que me induzem a imaginar, e não sinto a razão disso, a não ser que o som que chega aos nossos ouvidos quando os pronunciamos, nos induz a recuar a tempos «melhores«.

E corrente ouvir, ou memso dizer´, gratuitamente, mas com ares de sabedoria indiscutível , obviedades que todos nós referiros quando (imaginamos que) surge uma oportunidade que as justifique. E as oferecemos não só gratuitamente como incluímos um ar de sabedoria indiscutível.

É fácil, pertinente e indiscutível, afirmar, de boca cheia, que »isto ou aquilo» era muito melhor nos tempos passados. Mas se perderam-se algumas coisas, (e podem ser muitas) em compensação incorporamos muitíssimas, que na imensa maioria nem passavam pela cabeça de quem nos precedeu.

E aí coloco um anexim: O PASSADO DÁ SAUDADE, O PRESENTE DISSABORES E O FUTURO RECEIOS. Quevale muito, pouco ou nada dpendendo do espirito que carrega o leitor neste momento (solene?)

Não vem a propósito, mas não resisto a citar este outro rifão (sinónimos: adagio, proverbio, parémia (este não conhecia), axioma, brocardo (este tampouco), máxima, aforismo, ditado, dito, proloqio, bertoque (o que me fica mais peto é o BITOQUE), exemplo (nem estes três últimos. Muito se aprende com os dicionários!

Mais uma série que me surgiu ao folhear o Rifoneiro:

- O ladrão cuida que todos os são.

- O ladrão endinheirado nunca morre enforcado.

- Ladrão que anda com frade, ou o ladrão ou o ladrão grade. frade.

- Ladrão que não é apanhado, passa por honrado.

E vem a propósito (como podeis apreciar..) referir o que nos dizem acerca de MENTIR

- Mente mais o que dá pelo amor de Deus. 

- Mente que fede.

- Mente quem dá coma língua no dente.

- Mentir exige memória.

E com essa me despeço. 

Vá com a Graça de Deus (Que irás longe...mas morrerás!)

Conhecí uma GRAÇA, que não estava nada mal. apesar de sensaborona. Mas a +BENEDITA estava melhor, mesmo de molhar pão!






terça-feira, 11 de abril de 2023

OS TEMPOS MUDAM E AS CRENCAS TAMBEM

 SEMANA SANTA E PASCOA

As mudanças sociais tem sido, e continuarão a ser, muito mais profundas do que uma simples cosmética.  Mesmo que aceitando que não fizemos um inquérito amplo entre a cidadania que nos rodeia mas procurando nas (gavetas) mentais que a provecta idade nos facilita, sem dúvida é NOTÓRIO que os costumes alteraram se, e muito, nos dºecadas que nos precederán.

De imediato e sem valores estatísticos que me avalen, tenho a impressao de que o peso das regras que a Igreja tinha imposto ao longo dos séculos, foi perdendo intensidade. O audiovisual ocupou o primeiro influenciador, ou educador se quisermos, da população em geral. Para um simples observador e ineludivel que as pronuncias locais ficaram practicamente desaparecidas. E os costumes populares de cariz religioso ficaram reduzidos )sem querer ofender ninguém) ao que, em verdade, sempre foram, simples espectáculo, manipulação do pensamento dos mais simples, se crédulos, e beneficio económico da própria Igreja, e seus sequazes, dada a possibilidade de controlar as mentes referindo  enevoadas benesses ou terríveis castigos a que ficariam sujeitos os tais simples mortais. Quanto mais SIMPLES e labregos mentais,  melhor!

Ao perder o respeito cego que os adictos mais dependente dos temores que, tal como os avisavam insistentemente aguardan os crentes na sua anunciada vida eterna, aqueles que saltaram a barreira da credulidade, ficaram somente agarrados aos agradaveis costumes ligados a festa de convivio e empanturramento.

Inclusive a antes respeitada visita pascal aos padrinhos, seguido por ªgregos  e troianosª, devido por um lado a opcao de um simples registro civil )abdicando do baptismo canónico) e por outro, aindia mais pragmático, pelo facto de que, em funcao da mobilidade das gentes, raramente os padrinhos estao ªparedes meiasª com a sua casa.




segunda-feira, 25 de abril de 2022

 TODOS SABEM DISSO

Os agiotas sempre existiram e existirão. 

Nas terras do interior, sem ser o tal profundo, sabemos que muitos terrenos mudaram de mãos devido a que os seus donos, fosse por herança ou por  aplicação dos seus resultados económicos, terminaram nas mãos de agiotas quando os proprietários não conseguiram liquidar os empréstimos, e juros incomportáveis, que carregavam sobre os seus bens, mobiliários ou imobiliários. Aqueles que não tinham bens escrituráveis e se viam em necessidades extremas de conseguir algum numerário, levavam algum dos seus haveres ao "tinhoso", e, caso não o conseguissem resgatar, o usurário se encarregava de  transformar alguma peça doem capital circulante. Assim mantinha a roda em andamento,

O "tinhoso" mais "respeitável" no nosso panorama social é o Montepio, que sob a capa de ser uma entidade benéfica de socorros mútuos, negoceia é uma respeitável "casa de penhores", que ao longo de décadas acumulou um impantíssimo capita, gerido "sotto voce" pelo governo do Pais. Capital este que "emprestava" a certos e determinados empresários, selecionados e com juros favoráveis. Já se sabe que QUEM PARTE E REPARTE FICA COM A MELHOR PARTE, OU NÃO ENTENDE DESTA ARTE. 

De fonte credível (já falecida) soube de um exemplo de como para conseguir entrar neste esquema, favorável, de financiamento, era necessário encontrar alguém que tivesse entrada no mecanismo e, mais importante até, "untar" os dedos deste alguém, sem o que nada feito. A conclusão imediata é que esta coisa da HONORABILIDADE é muito elástica e que a craveira que se usa para a malta não é igual à usada para os selecionados 8para os definir de alguma forma).

Se a humanidade, ou restringindo-nos ao espaço onde vivemos, a cidadania média e inferior (sem pretender ofender) conhecesse só uma parte das sinuosidades usadas para escamotear as trafulhices que, SEMPRE, TERMINAM  prejudicando os mais débeis, todos os anos teríamos um novo 25 de Abril. MAS... os que estão +por trás do pano sabem, ou procuram assessores que ajudem, para trapacear sem dar nas vistas.

De onde podemos deduzir que existem muitas maneiras de caçar moscas E, numa segunda conclusão percatar-nos de que sempre foi assim e sempre será. está nos tais genes dos humanos.