domingo, 11 de junho de 2023

A TAL ETNIA

 A TAL ETNIA

Após ter sido extorquido sem sentir que devia, mas não me atrevia, a fazer frente a uma armadilha totalmente falsa, deduzi que alguns elementos (felizmente não devem ser todos, pois de contrário estaríamos bem lixados) que nos fazem extorsão fingindo sermos responsáveis de pequenas mazelas nas suas viaturas, mas que, como demostração de boa vontade e cidadania (?), podem #esquecer# aquele nitidamente hipotético prejuízo na sua viatura (em geral uns riscos que sabe-se lá quando e 0onde foram causados) a troco de que  lhes entreguemos uma quantidade de dinheiro, totalmente aleatória,e  sempre seguida de um discurso (que parece gravado e muito ensaiado) no qual afirmam que, sem dúvida alguma, fomos nós que causamos na sua viatura. 

Se, receosos do que possa vir a seguir se lhes oferece algum dinheiro. o que se segue é o afirmarem que aquela contribuição é insuficiente. Temos que abrir mais o bolso! que se lhes oferece é pouco. 

Para dar mais uma maior credibilidade acrescento que nós, o casal, já somos muito idosos (ambos com mais de oito décadas às costas) e que apesar de a cena se repetir, sempre, no parque de estacionamento de um super-centro comercial, o ambiente, em muitas ocasiões e sempre que nos fazem este filme, não tem outros cidadãos do que nós, e os »reclamentes» Ou seja, o facto subjacente é que os idosos temos receio do comportamento que imaginamos serem capazes aqueles que tem a pinta de pertencerem #a tal etnia#

Quando vemos que se a nossa viatura inicia o andamento e a dos que nos exigem dinheiro ou mesmo insinuam ameaças, desde a janela aberta lhes dizemos que este assunto deve ser tratado com a polícia e que daremos toda a nossa colaboração para irmos, as duas viaturas, até à esquadra da polícia e registar a queixa (deles?) Normalmente o filme acaba aqui. Curioso, não é?

Mas,  temos uma situação vivida mais curiosa, cívicamente mais agradável- Numa ocasião fomos interpelados, desde dentro da outra viatura, por um indivíduo adulto, que aparentava entre 30 e 40 e que debitou o discurso habitual. MAS...  desta vez o reclamante, ao volante do seu carro, estava acompanhado de um jovem, entre os 15 e 18 anos, que lhe disse ( e nós ouvimos) DEIX E ESTAR ESTES SENHORES... (os velhadas que somos)

E assim terminou, sem problemas.  E pensamos: será que os seus jóvens, já com educação mais cívica e social, serão capazes de neutralizar os hábitos comuns a muitos adultos deste grupo étnico-social (ou pouco social em certas ocasiões)?