quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

NÃO ESTOU SÓ, infelizmente



É satisfatório encontrar, sem procurar, que alguém, neste caso um político, colunável e conhecido, como é o caso de Feliciano Barreiras Duarte, escreve e assina um artigo num jornal diário (1) dedicado, exclusivamente, a uma das facetas, presentes na cidadania actual. A que a mim, que estou de partida, mais me apenam. Curioso que seja precisamente um político que aponta esta característica social, uma vez que temos a ideia, criada e sedimentada, de que os partidos políticos preferem a maioria ignorante, moldável, servil, alheada, apática.

Gostaria de transcrever a totalidade do artigo em questão. Mas é longo e os meus (poucos) seguidores são avessos contumazes a ler mais do que vinte palavras seguidas. Veremos, seguindo o artigo de F.B.D. Que refere concretamente esta característica, se bem que com outras palavras. Por isso refreio o meu impulso e deixarei só uns destaques, que considero elucidativos.

Já o título é sumamente esclarecedor: O PODER DAS (novas) IGNORÂNCIAS.

Wim Wenders vaticinou que o século XXI iria ser o século da imagem...com conteúdos apoiados numa forte componente de atratividade … por via da imagem em movimento, dos clipes, dos vídeos, das fotos, etc.
Sim, novas ignorâncias, que são filhas de uma espécie de uma nova categoria humana em que a videovida, a vida mediocre e “despida” em directo, amplia a crise de valores...

Numa sociedade que se alimenta do superficial, de tudo o que é “rapidinho”, generalista e que tem que acontecer “no agora”...

Temos que combater este poder das (novas) ignorâncias... a chico-espertice, o generalismo, a mediocridade, a ignorância...

Os resultados estão bem à vista. E têm muito que ver coma crise de participação política... e sobretudo com a perda de qualidade dos próprios sistemas juridico-políticos.

e continua o texto.

Para mim é muito interessante que seja um dos políticos, que se diz estar em contacto com a população, quem se lamente, publicamente, da forma como se preparou, desde cima, a estupidificação da cidadania. O que esperavam? Nas suas fileiras encontram um excesso de gente mal preparada para a sociedade,(mas excelentemente diplomada para a política de baixo nível através das escolas dos JJJ) e também um excesso de ganaciosos e oportunistas. Diria eu que mesmo que fosse só um já seria de mais.



(1) neste caso o I de 13 de Fevereiro 2017, pág 28

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