quarta-feira, 29 de maio de 2019

MEDITAÇÕES - Cinema


MEDITAÇÕES - Cinema

HOTEL MUMBAI

Ontem decidimos entrar numa sala de cinema. As opções não eram claramente para uma fita destacável. Seleccionamos, apesar de saber que o tema era tudo menos agradável e descontraído, aquele que relatava, dentro dos esquemas da ficção em cinema, um brutal atentado acontecido em Bombaim, India. Mais concretamente ficou centrado num dos pontos da cidade que foram alvo de ataques indiscriminados. O tema era o TERRORISMO.

Mas aquilo que mais se salientou é, mais uma vez, o inaceitável fanatismo que converte em inimigos fidegais membros de diferentes credos religiosos. Neste caso os terroristas pertenciam a uma célula de muçulmanos paquistanis, enquadrados por um “orientador,” sempre afastado do local das acções com esquema militar, para manter os activistas bem pressionados e adictos a causar muitas mortes indiscriminadamente. Mantinha ao seus destacamentos num controle constante. A palavra de ordem era que aqueles civis que não fossem muçulmanos mereciam a morte; e se entre as vítimas houvesse quem fosse muçulmano, seria uma vítima colateral, aceite de imediato no seio dos bem.vindos.

Para quem rejeite, liminarmente, que as crenças ou credos religiosos possam justificar a agressividade criminosa sobre aqueles que não sejam adeptos da sua seita, a única e importante mensagem do filme é a de não aderir, ou repudiar públicamente, os males que qualquer credo religioso pode causar através dos seus fanáticos activistas.

Não só se deve confirmar a frase revolucionária de que A RELIGIÃO É O ÓPIO DO POVO, como também como um potencial veneno, que já muito contribuiu para massacres de gente inocente, incluídos os fanáticos de campo oposto.

No mundo ocidental onde convivemos -seja muito ou pouco- mas ao qual sem dúvida pertencemos, sentimos que, por enquanto, não temos ameaças concretas entre os grupos com variantes do credo; mas isso não nos pode dar nem sequer um mínimo de garantias de não vir a ser alvo de gente fanática. Se não for hoje pode ser num amanhâ não definido.

Para já sentem-se os rumores da pressão da facção mais conservadora do cristianismo, católico em especial, perante as tentativas de contemporização da Igreja Católica, e ter como alvo concreto o actual Papa Francisco (mas de facto jesuíta). Sem esquecer que também entre os judeus existem os bandos ortodoxos e modernistas, inimigos potenciais.

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