MEDITAÇÕES
- Cinema
HOTEL
MUMBAI
Ontem
decidimos entrar numa sala de cinema. As opções não eram
claramente para uma fita destacável. Seleccionamos, apesar de saber
que o tema era tudo menos agradável e descontraído, aquele que
relatava, dentro dos esquemas da ficção em cinema, um brutal
atentado acontecido em Bombaim, India. Mais concretamente ficou
centrado num dos pontos da cidade que foram alvo de ataques
indiscriminados. O tema era o TERRORISMO.
Mas
aquilo que mais se salientou é, mais uma vez, o inaceitável
fanatismo que converte em inimigos fidegais membros de diferentes
credos religiosos. Neste caso os terroristas pertenciam a uma célula
de muçulmanos paquistanis, enquadrados por um “orientador,”
sempre afastado do local das acções com esquema militar, para
manter os activistas bem pressionados e adictos a causar muitas
mortes indiscriminadamente. Mantinha ao seus destacamentos num
controle constante. A palavra de ordem era que aqueles civis que não
fossem muçulmanos mereciam a morte; e se entre as vítimas houvesse
quem fosse muçulmano, seria uma vítima colateral, aceite de
imediato no seio dos bem.vindos.
Para
quem rejeite, liminarmente, que as crenças ou credos religiosos
possam justificar a agressividade criminosa sobre aqueles que não
sejam adeptos da sua seita, a única e importante mensagem do filme é
a de não aderir, ou repudiar públicamente, os males que qualquer
credo religioso pode causar através dos seus fanáticos activistas.
Não
só se deve confirmar a frase revolucionária de que A RELIGIÃO É
O ÓPIO DO POVO, como também como um potencial veneno,
que já muito contribuiu para massacres de gente inocente, incluídos
os fanáticos de campo oposto.
No
mundo ocidental onde convivemos -seja muito ou pouco- mas ao qual sem
dúvida pertencemos, sentimos que, por enquanto, não temos ameaças
concretas entre os grupos com variantes do credo; mas isso não nos
pode dar nem sequer um mínimo de garantias de não vir a ser alvo de
gente fanática. Se não for hoje pode ser num amanhâ não definido.
Para
já sentem-se os rumores da pressão da facção mais conservadora do
cristianismo, católico em especial, perante as tentativas de
contemporização da Igreja Católica, e ter como alvo concreto o
actual Papa Francisco (mas de facto jesuíta). Sem esquecer que
também entre os judeus existem os bandos ortodoxos e modernistas,
inimigos potenciais.
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