segunda-feira, 27 de maio de 2019

MEDITAÇÕES - ainda sobre canhotos



Sobre canhotos

Deixei por referir, cautelosamente, por não me sentir suficientemente documentado, mas tampouco aceitar que era uma invenção minha, que encontrei referências, colhidas entre especialistas na matéria, que advogam da existência de muitos nasciturnos com inclinação para serem canhotos, o facto de que estes são o sobrevivente de uma concepção de gémeos especulares, ou seja, que embora sendo iguais correspondem a uma réplica face-a-face, como a imagem num espelho.

É maioritariamente aceite que o ser destro ou canhoto está previamente definido pelo código genético, e através da observação de fetos por meio da ecografia descobriu-se que, já com o corpo incipiente, existe no feto uma propensão a usar o braço e mão de um dos seus lados, e que depois de nascer já o bebé nitidamente dá sinais de ser direito ou esquerdo. Também está confirmado que sendo o cérebro estruturado de forma diferente nos dois lóbulos, direito e esquerdo, o comando das mãos está instintivamente localizado num mesmo lóbulo.

A existência de pessoas ambidestras é aceite ser consequência da pressão familiar, escolar e social, para seguir o comportamento manual da maioria. Só muito recentemente e sociedade aceitou a existência normal de pessoas instintivamente mais capacitadas na sua mão esquerda do que na direita.

Todavia é possível, mas difícil por razões de sigilo profissional, encontrar referências sérias de obstetras sobre uma possível explicação para alguns casos de esquerdino. Não é assunto que os médicos obstetras gostem de citar para o público não especializado, mas existem referências de casos em que ao retirar a placenta depois de sair o bebé, junto a ela vem um feto, de pequena dimensão, incipiente, que não progrediu, que ficou sem desenvolver. O “sobrevivente” tanto pode ser destro como canhoto, mas este sempre numa proporção inferior entre a população europeia.

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