quarta-feira, 20 de maio de 2020

MEDITAÇÕES – Mais regras a cumprir



Desta vez aparecerá a Polícia de Choque?

É factual que, habitualmente, mas não com garantia de ser eterna, a atitude da população, a cidadania, ou o povo -se não usarmos este termo com o cariz despeitoso habitual- tem um comportamento notório de respeitador e sossegado -descontando o modo como são incitados os membros das claques futebolísticas- Desta constatação nasceu aquela frase “batida” de o povo está sereno!

Todavia, do mesmo modo em que o leite -quando era pertinente ser fervido, “por causa das moscas”- mantinha-se calmo no fervedor até o momento, espectacular, em que repentinamente aumentava de volume e entornava pelo fogão. Um exemplo que nos elucida sobre o valor do aviso TUDO DURA ATÉ QUE ACABA! Ou uma variante: É preferível prevenir do que perverter!

Pois, nestes meses de receio perante o tal Covid-19, do qual se avisou à população seria mais mau do que o pintam, -e este era valorizado como o supra-sumo da malignidade- lhe acontece como sucedeu ao pastor que avisava de que o lobo ia atacar... Ou seja, a disparidade notória as notícias, entre alarmistas e tranquilizadoras, pode ter induzido a muitos cidadãos ao estado de surda revolta contra a pressão isolacionista. Muitos, além dos que quebraram as normas oficiais de modo subtil e esporádico, já estão pré-dispostos a saltar da borda fora. QUEREM IR EMBORRALHAR-SE NA PRAIA E GOZAR DOS MINIS SLIPS.

Concretamente atrevo-me a dizer -mesmo que não seja este o meu caso, pois já passei da fase em que ansiava mergulhar nas águas gélidas do Atlântico- que muitos não estão conformes com as regras de restrição num ambiente em que o sol se encarrega, com a sua radiação ultravioleta -e não ultraviolenta!- de eliminar os vírus nefastos. Por isso não me admiraria de saber que “a malta” não ligasse a semáforos da treta, nem a banheiros, cabos de mar nem fuzileiros navais -não confundir com funileiros navais, que no norte seriam picheleiros nabais- O que fazer num caso de manifesta desobediência?

Uma possível acção, calma e descontraída, era o de uns passeios da dupla PR e Primeiro Ministro, pelos areais, em calção e sandálias, ou mesmo descalços, e sem mascarilha, mas comendo um gelado de lamber. Num ameno convívio e umas selfies fariam como quem retirava o púcaro do lume no último momento, evitando o derrame do lácteo alimento. Descuido que depois que obrigava a limpar os efeitos. O que não aconselharia era que convidassem o Presidente da Assembleia para os acompanhar... nunca se sabe como podia reagir o tal “povão” que se quer mantenha a calma nacional.

A outra solução seria a mais séria, e adequada para mostrar o músculo de quem manda: enviar um bom contingente de polícia de choque, com as protecções e armas pertinentes para agir contra manifestações não autorizadas. Se me avisarem com tempo, garanto que ficarei agarrado à TV, sem máscara, preparado para um fartote.

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