Com
papas e bolos. como aos tolos.
É
tão bom poder ir à praia e levar o cão para que faça um chichi
naquela coluna semafórica. E, por acréscimo, dar azo a que a pele
se cubra de uma cor cativante. A ser possível o mais abrangente que
um mínimo de recato nos permita.
Apesar
desta libertação -a
prazo?-, os “jovens” da minha criação -sempre
gostei desta frase popular que irmanava sem concretizar-
caso tivessem usufruído largamente dos benefícios do areal e das
sempre gélidas águas atlânticas -é
curiosa a ideia, falsa como as aparições e fantasmas, de que no
Algarve a água está tão quentinha como nas costas do Mediterrâneo.
Tretas!- e que o libido visual deixou de ter a importância
de outrora, já nem para obrigar o cristalino a focar-se nas
esculturais damas -algumas já
com abdómen e celulite que em vez de andarem irreverentemente
descascadas, melhor seria que optassem pelas vestimentas completas,
em geral às riscas,que se usavam quando a praia da Cruz Quebrada era
chique- que bambaleando ou aos saltinhos quando molham os
pés sem se decidir a entrar, de corpo inteiro, no tão ansiado banho
marítimo do mar tenebroso.
E
as alegrias não se ficam por aqui. Já podemos entrar mascarados no
restaurante e, após sentados e escolhidos o spratos que espera-se
sejam apetitosos, retirar a máscara, pois que de outro modo não nos
seria fácil, ou cómodo, beber nem comer. Neste capítulo em
concreto tivemos ocasião, concretamente num bom restaurante no
Cairo, de ver, ao vivo e a cores, como a dama de um casal, foi
comendo e bebendo sem retirar a máscara social, obrigatória não
para prevenção de um vírus maligno mas por preceitos da sua
religião, que lembramos é uma das três do famoso livro de receitas
para atingir o eterno bem estar.
Neste
mesmo dia, estando de visita turística na explanada da
fortaleza-castelo do Cairo, vimos como um casal de noivos, ainda com
as vestimenta festiva. A noiva com vestido comprido e cara tapada,
colocaram-se bem arrumadinhos para que o fotógrafo lhes pudesse
deixar uma recordação “eterna” do seu passeio de boda. MAS
fizeram sinal ao homem da máquina fotográfica, a fim de que
aguardasse que a noiva, já esposa, destapasse a sua formosa cara. A
seguir ao instantâneo, voltou a colocar a máscara preceitual.
Moral
das histórias: sempre é possível encontrar uma saída à norma se
for conveniente.
Sem comentários:
Enviar um comentário