segunda-feira, 25 de maio de 2020

MEDITAÇÕES – E alguma vivência



Com papas e bolos. como aos tolos.

É tão bom poder ir à praia e levar o cão para que faça um chichi naquela coluna semafórica. E, por acréscimo, dar azo a que a pele se cubra de uma cor cativante. A ser possível o mais abrangente que um mínimo de recato nos permita.

Apesar desta libertação -a prazo?-, os “jovens” da minha criação -sempre gostei desta frase popular que irmanava sem concretizar- caso tivessem usufruído largamente dos benefícios do areal e das sempre gélidas águas atlânticas -é curiosa a ideia, falsa como as aparições e fantasmas, de que no Algarve a água está tão quentinha como nas costas do Mediterrâneo. Tretas!- e que o libido visual deixou de ter a importância de outrora, já nem para obrigar o cristalino a focar-se nas esculturais damas -algumas já com abdómen e celulite que em vez de andarem irreverentemente descascadas, melhor seria que optassem pelas vestimentas completas, em geral às riscas,que se usavam quando a praia da Cruz Quebrada era chique- que bambaleando ou aos saltinhos quando molham os pés sem se decidir a entrar, de corpo inteiro, no tão ansiado banho marítimo do mar tenebroso.

E as alegrias não se ficam por aqui. Já podemos entrar mascarados no restaurante e, após sentados e escolhidos o spratos que espera-se sejam apetitosos, retirar a máscara, pois que de outro modo não nos seria fácil, ou cómodo, beber nem comer. Neste capítulo em concreto tivemos ocasião, concretamente num bom restaurante no Cairo, de ver, ao vivo e a cores, como a dama de um casal, foi comendo e bebendo sem retirar a máscara social, obrigatória não para prevenção de um vírus maligno mas por preceitos da sua religião, que lembramos é uma das três do famoso livro de receitas para atingir o eterno bem estar.

Neste mesmo dia, estando de visita turística na explanada da fortaleza-castelo do Cairo, vimos como um casal de noivos, ainda com as vestimenta festiva. A noiva com vestido comprido e cara tapada, colocaram-se bem arrumadinhos para que o fotógrafo lhes pudesse deixar uma recordação “eterna” do seu passeio de boda. MAS fizeram sinal ao homem da máquina fotográfica, a fim de que aguardasse que a noiva, já esposa, destapasse a sua formosa cara. A seguir ao instantâneo, voltou a colocar a máscara preceitual.

Moral das histórias: sempre é possível encontrar uma saída à norma se for conveniente.

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