A
Madeira
Quando nos deparamos com o termo
ARQUIPÉLAGO de imediato nos vem à memória um aglomerado de ilhas,
bastante próximas umas das outras e que, em geral, estão todas sob
uma mesma bandeira. A Madeira é um caso especial, pois entre a ilha
principal e a vizinha Porto Santo existe uma acentuada diferença
dimensional. E nada se diga quanto ao conglomerado de ilhotas, que só
estão povoadas por alguns vigilantes aí destacados e animais
silvestres, maioritariamente mamíferos marinhos e aves pelágicas.
Daí o nome de Ilhas Selvagens.
Mas a Madeira, que hoje tem uma
importância primordial no campo do turismo, teve outros valores que
lhe conferiram interesse a fim de manter a soberania portuguesa, Além
de ser um ponto a ser descoberto, ou redescoberto, pelos ocidentais
no seio das águas atlânticas “tenebrosas”, a sua situação
geográfica er a muito importante para poder dar apoio aos navegantes
condicionados pelo vento. Se estavam de regresso das suas viagens,
ali encontravam a derradeiro posto de abastecimento antes de chegar
às costas da Europa. Víveres, equipamentos em falta, e algumas
mercadorias para comercializar, como era o açúcar, após o cultivo
de cana sacarína, que mantinha um preço elevado mesmo competindo
com aquele que chegava do Oriente, numa rota longa e sujeita a muitas
portagens sucessivas.
Caso as rotas que partindo da Europa
permitissem fazer escala na Madeira aquele porto era um armazém
apropriado para completar a despensa de água, alimentos frescos,
fossem frutas, legumes ou animais domésticos, além de carne seca e
salgada, vinho e rum em , por ser este o “medicamento” mais
usado nos navios de longo curso. Quando surgiram as primeiras
caldeiras de vapor para a propulsão dos navios, na Madeira se
instalou um entreposto de carvão, tal como nas outras ilhas
oceânicas.
A aliada Inglaterra dominou, por
baixo da mesa, a vida deste mini arquipélago. Muitas famílias se
instalaram na Madeira e aqui criaram raízes. O nosso velho aliado
não sentiu necessidade de fazer uma ocupação militar. Verificou
ser preferível agir pelo domínio económico e deixar que fosse a
bandeira portuguesa que se hasteasse no mastro.
Na primeira guerra mundial, o
Funchal sofreu dois bombardeamentos por submarinos alemães. No
primeiro deles, além de numerosas vítimas afundaram três
embarcações, de diferentes tipos, que estavam ancoradas na baía,
onde não havia, na época, qualquer cais de acostagem.
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