terça-feira, 5 de maio de 2020

MEDITAÇÕES - Arquipélagos I - MADEIRA




A Madeira

Quando nos deparamos com o termo ARQUIPÉLAGO de imediato nos vem à memória um aglomerado de ilhas, bastante próximas umas das outras e que, em geral, estão todas sob uma mesma bandeira. A Madeira é um caso especial, pois entre a ilha principal e a vizinha Porto Santo existe uma acentuada diferença dimensional. E nada se diga quanto ao conglomerado de ilhotas, que só estão povoadas por alguns vigilantes aí destacados e animais silvestres, maioritariamente mamíferos marinhos e aves pelágicas. Daí o nome de Ilhas Selvagens.

Mas a Madeira, que hoje tem uma importância primordial no campo do turismo, teve outros valores que lhe conferiram interesse a fim de manter a soberania portuguesa, Além de ser um ponto a ser descoberto, ou redescoberto, pelos ocidentais no seio das águas atlânticas “tenebrosas”, a sua situação geográfica er a muito importante para poder dar apoio aos navegantes condicionados pelo vento. Se estavam de regresso das suas viagens, ali encontravam a derradeiro posto de abastecimento antes de chegar às costas da Europa. Víveres, equipamentos em falta, e algumas mercadorias para comercializar, como era o açúcar, após o cultivo de cana sacarína, que mantinha um preço elevado mesmo competindo com aquele que chegava do Oriente, numa rota longa e sujeita a muitas portagens sucessivas.

Caso as rotas que partindo da Europa permitissem fazer escala na Madeira aquele porto era um armazém apropriado para completar a despensa de água, alimentos frescos, fossem frutas, legumes ou animais domésticos, além de carne seca e salgada, vinho e rum em , por ser este o “medicamento” mais usado nos navios de longo curso. Quando surgiram as primeiras caldeiras de vapor para a propulsão dos navios, na Madeira se instalou um entreposto de carvão, tal como nas outras ilhas oceânicas.

A aliada Inglaterra dominou, por baixo da mesa, a vida deste mini arquipélago. Muitas famílias se instalaram na Madeira e aqui criaram raízes. O nosso velho aliado não sentiu necessidade de fazer uma ocupação militar. Verificou ser preferível agir pelo domínio económico e deixar que fosse a bandeira portuguesa que se hasteasse no mastro.

Na primeira guerra mundial, o Funchal sofreu dois bombardeamentos por submarinos alemães. No primeiro deles, além de numerosas vítimas afundaram três embarcações, de diferentes tipos, que estavam ancoradas na baía, onde não havia, na época, qualquer cais de acostagem.

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