domingo, 14 de abril de 2019

AINDA ACERCA DO BURACO PRETO


Dando liberdade à mente

Se aceitarmos o princípio de que a liberdade de pensamento e de expressão é um direito indiscutível e democrático, atrevo-me a vos maçar, com umas especulações gratuitas.

Antes de entrar em matéria creio que se impõe-se deixar bem explícito que o escribidor de serviço é um ignorante, muito mais ignorante do que o nível em que já me tinham classificado.

Sendo assim, sem abdicar da liberdade de atrevimento, considero que muitas das teorias que nos tem sido apresentadas não passam disso mesmo, de ser teorias, mais ou menos plausíveis mas nem sempre confirmadas na totalidade. Algumas carregadas de fórmulas matemáticas (que os cépticos, como eu, consideram poderem ser tão amanhadas como os tais sete dias da criação descritos nas Sagradas Escrituras) e apoiadas en observações astronómicas não só efectuadas desde a superfície do planeta onde estamos radicados, como em aparelhos viajantes que perscrutam o espaço infinito, sem nunca chegarem ao infinito propriamente dito. Entre o que se imagina e o que se consegue provar, é pertinente admitir que o conhecimento vai sendo incrementado paulatinamente.

Não me parece sensato negar a existência de uns poços sorvedouros no firmamento, que antes de ser confirmada a sua existência (dizem que sim, que existem!), eu tenho que confiar não nos meus olhos, cansados e bastante defeituosos, que os bichos irão comer dentro de pouco tempo, mas na seriedade de quem nos transmite suas descobertas. Daí que assinamos por baixo em que existem, e mais do que um, umas portas de fuga, de transferência num só sentido -por enquanto não sabemos se existem novas incorporações- As observações e deduções apontam a que tudo o que passar esta fronteira, do buraco negro, deixa de existir deste lado, que é transferido para outro lado, desconhecido.

Entre as opiniões que se apresentaram há pelo menos uma com a qual não posso estar de acordo. É quando dizem que do outro lado dos buracos negros deve encontrar-se uma grande lixeira, um vazadouro sujo e mal cheiroso, uma espécie de esgoto sideral e não um outro mundo, com vida e civilizações. Considero este racicíneo como um exagero de auto-convencimento dos humanos.

Admito que é muito difícil imaginar situações diferentes do que conhecemos na Terra. Mas se já estamos preparados para aceitar que, nesta vastidão do cosmos de que fazemos parte, é provável que existam outros planetas habitados, seja qual for o aspecto físico desses seres desconhecidos, e qual o seu grau de conhecimentos, ou daquilo que valorizamos como civilização em que se encontram, dar mais um passo na aceitação de novas possibilidades é só “avançar um pé”. Não pode custar muito.

Paralelamente podemos aceitar, sem vaidade, que os princípios que regem a física e a química, num outro universo (neste caso formado com transferências deste universo “nosso”), os elementos químicos, atómicos e moleculares, devem ser iguais aos da Terra, e dos corpos celeste que nos acompanham, pois que os espectros que nos chegam correspondem a uma homogeneidade geral.

Vamos supor que quando um corpo atravessa o buraco negro, e é transferido para outro universo, ao longo desta viagem sofre, ao longo desta traumática passagem, uma trituração, uma decomposição tão completa que, do outro lado uma nuvem de poeira, uma mistura de elementos ou de partículas totalmente caótica. Porque razão estas partículas não seguirão um processo de atracções, ligações, combinações e formação de compostos? E até de corpos sólidos e de novos corpos celestes com dimensões consideráveis? Tudo deveria ser possível, tal como se supõe que aconteceu neste universo onde vogamos.

É muito improvável, ou quase impossível, que do outro lado possa existir uma reprodução especular do que existe no “nosso” lado. Mesmo nesta complexidade de galáxias à nossa volta nada nos garante que a evolução num dos muitos corpos semelhantes ao nosso planeta, não se tenha gerado toda uma complexa estrutura, com vida própria, baseada no silício ou no enxofre. Pensar que só aquilo que conhecemos é a solução possível, é um excesso de vaidade. E O HOMEM PECOU SEMPRE DE SER VAIDOSO E CONVENCIDO.

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