sábado, 25 de abril de 2020

MEDITAÇÕES - Personagens




De boas intenções está o Inferno cheio

Com uma certa frequência nos são postas à frente do nariz – até com a máscara anti vírus (?) colocada- imagens, isoladas ou com comentários alusivos a uma acção da pessoa retratada, mas sempre altruísta, manifestando bons propósitos, habitualmente correctos na sua essência e que se podem valorizar mais pelas evidentes dedicações a causas abrangentes. Tão importante é a sua passagem por este mundo cruel que mereceram sendas estátuas para memorizar a sua passagem entre humanos.

Algumas destas magníficas e bem consideradas, pessoas já históricas, respeitadas pelos que se auto-qualificam de “pessoas de bem”, já faleceram, e daí que a sua “santificação” já seja tacitamente adjudicada e as suas acções menos respeitáveis se tenham varrido para debaixo dos tapetes onde se escondem as misérias humanas. Que todos temos, inclusive as que ainda não conseguiram atingir, nem é provável que jamais o atinjam, o estatuto de personagem inesquecível.

Entre as muitas celebridades, surgem-me, numa pesquisa nada exaustiva:

Mahatama Ghandi Foi famoso pela sua luta, pessoal, para impulsar a libertação da Índia, (ele era nascido na Actual África do Sul, de família de indianos emigrantes de casta superior) do domínio colonial inglês. Paralelamente, mas em surdina, propunha terminarem com o regime discriminatório, e lamentavelmente mantido como herança intocável. Esta iniciativa morreu prematuramente. Está tudo na mesma, ou pior. A imagem de Ghandi, embrulhado numa veste branca, impoluta, não se pode esquecer.

Teresa de Calcutá Europeia que se transferiu para os “países pobres” e vestiu de hábito monacal, sem pertencer a nenhuma ordem religiosa.«, que posteriormente organizou a seu gosto e vontade. Criou uma imagem de benemérita, cuidadora dos mais desfavorecidos, mas que foi repetidamente denunciada pelos profissionais de medicina como fraudulenta, falsa benemérita, mais interessada na sua imagem futura do que na higiene dos seus “recolhidos”. Creio que os ignorantes obcecados já a conseguiram beatificar. Se o que se escreveu for verídico, ela “ajudou” a morrer mais gente desgraçada do que o Menguele de má memória.

Dalai Lama Uma personagem escolhida entre a população mundial (?) ou, pelo menos, sem que a selecção estiver estar restrita aos adeptos da complexa doutrina budista e que, obedecendo, tanto quanto possível, às regras de misticismo e meditação, nos surge no seio dos noticiários como um importante advogado das boas causas. Já o reconhecemos coma sua figura, embrulhada em panos amarelos, com sorriso beatífico, e pregando pela paz mundial e salvação dos pobres. Quando falecer o actual, escolherão a outro para o mesmo papel.

António GUTERRES Actual Secretário-geral das Nações Unidas. O “nosso” inútil máximo; Exímio viajante e discursador de bons propósitos. Jamais conseguiu deixar uma obra meritória de recordação eterna. Mas falou muito, muito, MUITO, e continuará a botar muitos mais discursos ”positivos”. Sempre choramingando e mostrando uma extrema dedicação altruísta. É o exemplo acabado do que se pode atingir com o famoso Princípio de Peters. Devia ter seguido outro caminho que não o de engenharia. Teria dado um excelente pregador itinerante, ao estilo do que era usual encontrar entre os século XV e XIX.

Termino com estes exemplos, mas aguardo, ansiosamente, as aportações enviadas pelos meus selectos seguidores, que permitam alongar a lista de referências.

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