De
boas intenções está o Inferno cheio
Com
uma certa frequência nos são postas à frente do nariz –
até com a máscara anti vírus (?) colocada- imagens,
isoladas ou com comentários alusivos a uma acção da pessoa
retratada, mas sempre altruísta, manifestando bons propósitos,
habitualmente correctos na sua essência e que se podem valorizar
mais pelas evidentes dedicações a causas abrangentes. Tão
importante é a sua passagem por este mundo cruel que mereceram
sendas estátuas para memorizar a sua passagem entre humanos.
Algumas
destas magníficas e bem consideradas, pessoas já históricas,
respeitadas pelos que se auto-qualificam de “pessoas de bem”, já
faleceram, e daí que a sua “santificação” já seja tacitamente
adjudicada e as suas acções menos respeitáveis se tenham varrido
para debaixo dos tapetes onde se escondem as misérias humanas. Que
todos temos, inclusive as que ainda não conseguiram atingir, nem é
provável que jamais o atinjam, o estatuto de personagem
inesquecível.
Entre
as muitas celebridades, surgem-me, numa pesquisa nada exaustiva:
Mahatama
Ghandi
Foi famoso pela sua luta, pessoal, para impulsar a libertação da
Índia, (ele era nascido na Actual África do Sul, de família de
indianos emigrantes de casta superior) do domínio colonial inglês.
Paralelamente, mas em surdina, propunha terminarem com o regime
discriminatório, e lamentavelmente mantido como herança intocável.
Esta iniciativa morreu prematuramente. Está tudo na mesma, ou pior.
A imagem de Ghandi, embrulhado numa veste branca, impoluta, não se
pode esquecer.
Teresa
de Calcutá Europeia
que se transferiu para os “países pobres” e vestiu de hábito
monacal, sem pertencer a nenhuma ordem religiosa.«, que
posteriormente organizou a seu gosto e vontade. Criou uma imagem de
benemérita, cuidadora dos mais desfavorecidos, mas que foi
repetidamente denunciada pelos profissionais de medicina como
fraudulenta, falsa benemérita, mais interessada na sua imagem futura
do que na higiene dos seus “recolhidos”. Creio que os ignorantes
obcecados já a conseguiram beatificar. Se o que se escreveu for
verídico, ela “ajudou” a morrer mais gente desgraçada do que o
Menguele de má memória.
Dalai
Lama Uma
personagem escolhida entre a população mundial (?) ou, pelo menos,
sem que a selecção estiver estar restrita aos adeptos da complexa
doutrina budista e que, obedecendo, tanto quanto possível, às
regras de misticismo e meditação, nos surge no seio dos noticiários
como um importante advogado das boas causas. Já o reconhecemos coma
sua figura, embrulhada em panos amarelos, com sorriso beatífico, e
pregando pela paz mundial e salvação dos pobres. Quando falecer o
actual, escolherão a outro para o mesmo papel.
António
GUTERRES Actual
Secretário-geral das Nações Unidas. O “nosso” inútil máximo;
Exímio viajante e discursador de bons propósitos. Jamais conseguiu
deixar uma obra meritória de recordação eterna. Mas falou muito,
muito, MUITO, e continuará a botar muitos mais discursos
”positivos”. Sempre choramingando e mostrando uma extrema
dedicação altruísta. É o exemplo acabado do que se pode atingir
com o famoso Princípio de Peters. Devia ter seguido outro caminho
que não o de engenharia. Teria dado um excelente pregador
itinerante, ao estilo do que era usual encontrar entre os século XV
e XIX.
Termino
com estes exemplos, mas aguardo, ansiosamente, as aportações enviadas pelos meus selectos seguidores, que permitam alongar a lista de referências.
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