E
AS TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO?
Quando
nos assustarmos e, em complemento, deixarmos de acreditar,
plenamente, na possibilidade de terem efeito positivo as medidas que,
quase unanimemente, tem sido tomadas pelos governos, nacionais a quem
se delegaram as rédeas de condução, podemos estar mesmo à beira
de abandonar a racionalidade e retomar o caminho de atribuir tudo o
que nos afecta, tanto no bom como no mau, a entidades incontroláveis.
A
época em que nos encontramos, pelo menos na zona ocidental do globo,
é propícia a julgar que muito do que sucede é fruto de umas
tenebrosas e ocultas conspirações, de uma ligação perversa entre
o grande capital, a política civil que lhe é anexa, algumas das
sociedades reservadas, algumas cúpulas militares e inclusive outras
que se movem sob o manto das religiões. Admite-se, tacitamente, que
a cidadania civil mais cumpridora e laboriosa se encontra muito
indefesa, se não totalmente, perante as manobras que se estudam e
decidem em comités restritos, mas muito poderosos. Em corolário
quase inevitável caímos na convicção de que existe uma temível e
quase invencível conspiração, que
age com o fito de conseguir o poder total e universal. Não são
sonhos, são pesadelos!
Menos
alarmante, mas igualmente difícil de engolir, é a que se manteve em
vigor, e pode estar latente ainda hoje, de sermos periodicamente alvo
de punições deificas,
apesar de que uma visão desapaixonada nos elucide de que muitas das
vítimas de uma punição geral nada tinham a penar, a não ser o
famoso pecado original. Mesmo
assim custa a engolir
que todos os prejudicados eram merecedores de castigo. Humanamente
devemos entender que a maioria das pessoas, vítimas efectivas ou
propícias, não se podem considerar como pecadores premeditados, sem
possível remissão.
Numa
situação deste teor há quem se decida ou seja induzido a recorrer
à ajuda divina, seja
directamente ao seu Deus ou a algum dos seus colaboradores, uma
espécie de mediador encartado. Muitos destes peditórios de ajuda é
usual que sigam acompanhados da proposta de compensação, espiritual
ou monetária, por parte do dito crente. Nada
que se possa comparar a um suborno!
Só que, pelo sim, pelo não, sempre é bom anunciar que se sabe
agradecer...
Dos
meus escritos anteriores aquilo que transcende desta fase epidémica,
mas que é muito mais ameaçadora e merecedora de atenção, é a
noção de que o Dragão Asiático está,
sub-repticiamente, devorando a invejada Sociedade Ocidental. E
esta epidemia vem mesmo a calhar para esta conquista sem tiros. No
entanto e pessoalmente, duvido de que os países ocidentais se
decidam a se unir para este confronto subtil mas extremamente
perigoso.
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