Desde
tempos imemoriais e até entre os animais, sabe-se que existem
variantes, não negligenciáveis, quanto à imaginária separação
dos indivíduos em dois sexos, pretensamente bem identificáveis.
Conhecemos a capacidade de certas espécies de peixes para ao longo
da sua vida, deixarem de ser machos para passar a ser fêmeas, ou
vice-versa. Também vimos como está em evolução uma alteração
semelhante entre leoas, que, entre outros caracteres, lhes crescem
fartas jubas, como se fossem leões.
A
evolução social das últimas décadas abriu a aceitação, entre
os humanos, não só à homossexualidade clássica como a outras
variantes que eram mantidas no armário escuro, e ainda as que só
recentemente vieram ao conhecimento geral graças à evolução de
técnicas cirúrgicas.
Daí
que o termo “terceiro sexo” deixou de ter o significado que,
pretensamente se lhe vinha atribuindo. Respeitando a realidade, seria
mais correcto referir os terceiros sexos, dado que se incorporaram os
transexuais, que antes de se colocaram nas mãos de algum cirurgião
dedicado a alterar certas partes morfológicas dos corpos.
Limitavam-se a mostrar maneirismos que consideramos próprios de um
sexo determinado, digamos que clássico. Os mais atrevidos ou
desinibidos vestirem-se com roupagens e acessórios que confundissem
quem os observasse. Eram os travestidos. Muitos vestiam esta pele só
entre as quatro paredes da casa, e outros aproveitam a liberdade dos
dias carnavalescos para soltar aquilo que escondem nos dias normais.
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