sexta-feira, 26 de maio de 2017

OS TERCEIROS SEXOS



Desde tempos imemoriais e até entre os animais, sabe-se que existem variantes, não negligenciáveis, quanto à imaginária separação dos indivíduos em dois sexos, pretensamente bem identificáveis. Conhecemos a capacidade de certas espécies de peixes para ao longo da sua vida, deixarem de ser machos para passar a ser fêmeas, ou vice-versa. Também vimos como está em evolução uma alteração semelhante entre leoas, que, entre outros caracteres, lhes crescem fartas jubas, como se fossem leões.

A evolução social das últimas décadas abriu a aceitação, entre os humanos, não só à homossexualidade clássica como a outras variantes que eram mantidas no armário escuro, e ainda as que só recentemente vieram ao conhecimento geral graças à evolução de técnicas cirúrgicas.


Daí que o termo “terceiro sexo” deixou de ter o significado que, pretensamente se lhe vinha atribuindo. Respeitando a realidade, seria mais correcto referir os terceiros sexos, dado que se incorporaram os transexuais, que antes de se colocaram nas mãos de algum cirurgião dedicado a alterar certas partes morfológicas dos corpos. Limitavam-se a mostrar maneirismos que consideramos próprios de um sexo determinado, digamos que clássico. Os mais atrevidos ou desinibidos vestirem-se com roupagens e acessórios que confundissem quem os observasse. Eram os travestidos. Muitos vestiam esta pele só entre as quatro paredes da casa, e outros aproveitam a liberdade dos dias carnavalescos para soltar aquilo que escondem nos dias normais.

Sem comentários:

Enviar um comentário