terça-feira, 16 de maio de 2017

APESAR DE EVIDENTE



Periodicamente, quase que quotidianamente, são-me endereçados propostas de amizade, que, caso não tenha entendido mal ou levianamente, bastava clicar no “aceito” para imediatamente entrar nas listas. Simplesmente e por sistema não me inscrevo em listas de nomes que não conheço ou de quem não recordo ter mantido uma conversa, mesmo que curta e incolora, inodora e insípida, que nos garantisse um mínimo de afinidade.

Deduzo, sem esforço, que esta minha atitude, acrescentada às possíveis incompatibilidades que devo ter gerado ao longo dos anos, me proporcionou uma imagem de animal retraído, insocial e até de vaidoso, adepto no menosprezar e até desconsiderar os outros cidadãos. Negando a possibilidade de congeminar e inclusive de atingir um nível de comunicação frutuoso.

Lamento que possa dar esta imagem de mim mesmo, embora, por difícil que possa parecer a quem não me conhece, sou comunicador impulsivo, opinante sem remédio e até com uma veia humorística que nem sempre é bem aceite pelos intrinsecamente sérios (uma seriedade que não implica deixar de ser uns malandros ou vigaristas)

Há anos, muitos, em que me castigo pela minha imaginária barreira. A tal que afasta aqueles que me procuram sem me conhecer, ou mesmo os que me conhecem e detestam. Mas não considero aceitáveis estas propostas “a la minute”, que, em geral, não merecem confiança.

Daí que o caminho que entendo ser pertinente, sem que tenha ilusões de que o seja trilhado por alguém, deve ser mais directo. Por exemplo colocando no espaço de comentários uma curta mensagem que possibilite abrir um contacto, possivelmente por via de correio eletrónico.


O tal facebook não se recomenda. É um ninho de fofoquices e vaidades sem sentido; poucas notícias correctas se podem encontrar, no meio de muito lixo. Desculpem se ofendi ou insultei aos fervorosos adeptos desta rede de comunicação. Mas tenho direito a ter uma opinião pessoal.

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