Só
”bisbilhoto” numa rede, o tal de fb, entre as várias que tenho
noticia que existem. Admitindo que me ajuda a matar alguns minutos.
Valorizo a maior parte dos assuntos que ali se apresentam como
banalidades; alarmistas; provocadores; falsidades; referências
desmedidas dos egos; exposição exagerada de pormenores pessoais,
etc. E pouco de positivo encontro. Pelo menos para poder considerar
que este meio constitui um progresso
social.
Entre
outras entradas que me causam desconforto são, concretamente, as
que partem ou são dirigidas a pessoas conhecidas, e mais me
desgostam se tenho uma ligação afectiva a estes participantes.
Mesmo que não constituam agressões. Basta ver colocadas em público
situações que, antes de existir este avanço tecnológico,
guardavam-se, com estima e zelo, no seio dos familiares e uns poucos
de amigos, se valorizados como merecedores de tal.
Dizem-me,
alguns dos poucos a quem pessoalmente lhes faço sabedores da minha
desqualificação deste desejo de comunicar, que só tem accesso a
estas mensagens um reduzido número de eleitos. Previamente
seleccionados pelo emissor. Céptico por natureza e consequente das
contínuas notícias em que nos referem que os mais habilitados no
manejo da internet, e na sua manipulação com fins que
podemos considerar de violação de intimidade, não há nada que se
coloque nestes pontos de contacto, os tais sites, que
seja, de facto, inviolável, hermético.
Inclusive
se referiu, com alarmes gritantes, como poucos dias atrás uns
invasores, difíceis de identificar, entraram, sem ser convidados, em
sistemas informáticos oficiais, estatais, militares, hospitalares,
etc, sem que as trancas
na porta que se tinham
colocado conseguissem assegurar a sua reserva.
Sem
nos colocar num patamar de que os temas que colocam no referido FB
tenham a importância que justifique aos piratas informáticos que se
dediquem a interferir nestas baboseiras, o mínimo que posso dizer é
que discutir, como peixeiras usando um teclado, é impróprio de
pessoas que devem tentar ser vistas como “respeitáveis pessoas de
bem”. Mesmo que se identifiquem como nome e inclusive fotografia,
tal não equivale a digladiarem-se, cara-a-cara, verbalmente caso não
queiram usar as bengalas como no século XIX, num local minimamente
recatado.
Podem
inclusive ter razão nos seus argumentos. Mas este lavar roupa suja
em público é indigno. Quase equivalente às acusações anónimas,
pois além de dar entrada a quem gosta de molhar pão no prato de
outra pessoa, fica resguardado de receber um bom murro no nariz,
como, sem dúvida, poderia merecer.
Reconhecendo
que nem tudo o que ali se edita é ofensivo ou agressivo, tal não
justifica, a meu entender, a maior parte das entradas pessoais. Que
qualifico muitas delas como motivadas, nitidamente, no propósito de
dar satisfacção ao seu anseio de ser notícia. Nem sequer
seleccionam factos relevantes; na imensa maioria das vezes só estão
ao nível da banalidade sem importância. Em suma, a meu entender e,
usando a irreverência, digo: vontade
de mostrar o cu à janela.
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