sábado, 20 de maio de 2017

É DESMORALIZADOR


Ter como opção prioritária a verdade, que tantas e tantas vezes os outros se esforçam por esconder, conduz a regular a nossa bússola, para aquele comportamento que denominamos de pragmatismo mesmo reconhecendo que esta convicção pessoal é propícia a nos afastar dos tão valorizados benefícios sociais, políticos ou económicos

Uma definição, que é dupla, pois que não partiram ambas da mesma fonte, e que recolhi no intuito de não tentar definir-me e assim evitar o risco de me empoleirar numa valorização desmedida, dizem:

Ser partidário do pragmatismo é ser prático, ser pragmático, ser realista. Aquele que não faz rodeio, que tem seus objectivos bem definidos, que considera o valor práctico como critério da verdade.

Ser pragmático é ter seus objectivos bem definidos, é fugir do improviso, é se basear no conceito de que as ideias e actos só são verdadeiros se servirem para a solução imediata de seus problemas.

É pertinente, por ter experiência pessoal, que seguir esta regra de conduta e mais quando nos atrevemos a manifestar as nossas deduções a terceiros, traz mais problemas, rejeições, agruras, abandonos, concretamente repúdio, do que amizades de peito aberto. A sociedade em que vivemos, caso não quisermos alargar ao termo mais correcto “o mundo”, vive e convive satisfactoriamente com a falsidade.

Os membros da sociedade, vistos no seu conjunto impessoal, podem desconfiar, ou mesmo saber de fonte segura, que muitas das afirmações e convicções com que nos querem cativar, sem pausa, e com diversas origens, não passam de mentiras hipocritamente defendidas. Podem mesmo admitir, de boca fechada, que muito do que é base dos fanatismos não passa de uma tramoia que esconde interesses, não só económicos como de manipulação cruel e e abjecta.


Mas, seja qual for o motivo que leva as pessoas a participar ou consentir nestas burdas manipulações, o que sucede é que, cinicamente, a maioria opta por não apresentar aos outros as suas conclusões. FAZEM BEM, se atendermos a que o mostrar-se sincero e pior se, sentir a pretensão de ser educador, dentro das suas limitadas capacidades, os colocaria num gólgota, equivalente ao que levaram a Jesus. Não tão metafórico como levianamente se pode imaginar.

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