Ter
como opção prioritária a verdade, que tantas e tantas vezes os
outros se esforçam por esconder, conduz a regular a nossa bússola,
para aquele comportamento que denominamos de pragmatismo mesmo
reconhecendo que esta convicção pessoal é propícia a nos afastar
dos tão valorizados benefícios sociais, políticos ou económicos
Uma
definição, que é dupla, pois que não partiram ambas da mesma
fonte, e que recolhi no intuito de não tentar definir-me e assim
evitar o risco de me empoleirar numa valorização desmedida, dizem:
Ser
partidário do pragmatismo é ser prático, ser pragmático, ser
realista. Aquele que não faz rodeio, que tem seus objectivos bem
definidos, que considera o valor práctico como critério da verdade.
Ser
pragmático é
ter seus objectivos bem definidos, é fugir do improviso, é se basear
no conceito de que as ideias e actos só são verdadeiros se servirem
para a solução imediata de seus problemas.
É
pertinente, por ter experiência pessoal, que seguir esta regra de
conduta e mais quando nos atrevemos a manifestar as nossas deduções
a terceiros, traz mais problemas, rejeições, agruras, abandonos,
concretamente repúdio, do que amizades de peito aberto. A sociedade
em que vivemos, caso não quisermos alargar ao termo mais correcto “o
mundo”, vive e convive satisfactoriamente com a falsidade.
Os
membros da sociedade, vistos no seu conjunto impessoal, podem
desconfiar, ou mesmo saber de fonte segura, que muitas das
afirmações e convicções com que nos querem cativar, sem pausa, e
com diversas origens, não passam de mentiras hipocritamente
defendidas. Podem mesmo admitir, de boca fechada, que muito do que é
base dos fanatismos não passa de uma tramoia que esconde interesses,
não só económicos como de manipulação cruel e e abjecta.
Mas,
seja qual for o motivo que leva as pessoas a participar ou consentir
nestas burdas manipulações, o que sucede é que, cinicamente, a
maioria opta por não apresentar aos outros as suas conclusões.
FAZEM BEM, se atendermos a que o mostrar-se sincero e pior se, sentir
a pretensão de ser educador, dentro das suas limitadas capacidades,
os colocaria num gólgota, equivalente ao que levaram a Jesus. Não
tão metafórico como levianamente se pode imaginar.
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