sexta-feira, 7 de abril de 2017

HOMENS, NÃO SE SINTAM DESPREZADOS



Tenham calma. Não vos tiro o valor que imaginam ter, e que sempre está uns degraus bem acima do que realmente cada um de nós vale. Exceptuando os irremediavelmente depressivos, que se julgam, também erradamente, com menos valia do que um cagalhão de cão. Se bem que até nisto as coisas mudaram, pois desde que os canideos passaram a ser alimentados com rações manipuladas defecam mole. Quanto aos depressivos em grau supremo a realidade nos diz que também este tem qualidades positivas, merecedoras de realce, mas que pouco utilizam por se desprezarem internamente.

Quem duvidar do que tão solenemente afirmei no parágrafo anterior, mas tiver a sorte de estar casado ou ter uma companheira voluntária, mas fiel e de duração prolongada, aguarde com estoicismo o dia em que ela lhe atirará para a cara o qualificação, quase sempre correcta, que lhe atribui. De qualquer forma não aconselho a que cheguem a este ponto, pois as consequências podem ser desastrosas. O melhor é ficar no limbo, apesar que no centro do poder eclesiástico, em Roma, já retiraram do activo este lugar de repouso e espera.

Todavia, e esclarecendo que sexualmente o lugar das nossas fêmeas é, para mim, incontornável (estava ansioso de colocar este adjectivo...) é de lei não esconder os valores inestimáveis dos meus companheiros na secção do urogenital a que pertenço.

As características dignas de realce são tantas que não posso comentar todas elas. Vou deixar uns apontamentos que referem qualidades e defeitos universalmente reconhecidos.

Aguerridos, valentes, destemidos, corajosos, audazes, belicosos.

Anódinos os que mudam com facilidade. São pessoas com as quais não nos podemos fiar, e daí que se qualifiquem como insignificantes, medíocres, inofensivos mas perigosos.

Claudicantes são os que não conseguem manter as suas convicções ou compromissos. Cedem facilmente às pressões e argumentos.
Concretos são aqueles que, em poucas palavras, conseguem definir ou transmitir um facto ou uma ideia sem ambiguidades.

Confusos os opostos aos concretos. Tentar esclarecer alguma coisa com estes é tempo perdido.

Cultos ou instruído, ilustrado, erudito. Como dizem que estava escrito no frontão dum manicómio: Não estão todos os que são, nem são todos os que estão, ou o ditado Nem tudo o que reluz é ouro. Cada dia que passa é mais inalcançável o propósito de ser enciclopedista.

Empreendedores alguns e nem sempre conseguem que as suas iniciativas frutifiquem nas suas mãos. Tristemente outros surgem que as aproveitam e se beneficiam.

Estoicos ou seja firme, inabalável, rígido ou austero. Pode acontecer
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Fechados, o mesmo que anódino.

Fieis tudo depende de que fidelidade falamos, se à esposa, à empresa, à Pátria, ou a outro capítulo qualquer. Nem sequer podemos por a mão no fogo em defesa de alguns dos que se empregam como fiel de armazém. Quanto mais aos outros compromissos.

Herméticos que fazem questão de não deixar transparecer o seu pensamento e menos as emoções. Tornam-se desagradáveis para que lida com eles.
Honestos sem exagerar, pois atirar a primeira pedra não está ao alcance de qualquer um. Por isso se afirma que A ocasião faz o ladrão.

Inquiridor no sentido de procurar conhecer, até o fundo, os temas que lhe surgem. Habitualmente as pessoas seleccionam e abandonam a sua curiosidade com displicência.

Monógamos nem sempre Tudo depende de surgirem ou procurarem oportunidades para deixar de o ser.

Prestáveis, muito apreciados quando ajudam a quem necessita de um apoio.

Reactivos quando não consentem que lhes comam as papas na cabeça, e até se manifestam, abertamente, para defenderem um lesado.

Timoratos, medrosos, tímidos, acanhados

Visionários que nos indicam ser equivalente a ser excêntrico, extravagante, sonhador, utopista, quimérico ou lunático, quem nunca passou por estas fases?


Por sorte estas características, e outras mais, não são cumulativas, o que nos permite seleccionar aqueles com quem encaixamos, sempre e tanto que o outro nos aceite. E nesta coisa do azeite há muitas adulterações.

JÁ DEPOIS DA HORA

Propositadamente não referí características pessoais que, algumas, entram no foro da justiça. tais como: ladrão, vigarista, gatuno, assassino, pedófilo, falsário e outras mais. Tampouco faço citação de ser político, deputado, autarca, gestor modélico, etc. São temas que desagradam e que prefiro olvidar.

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