terça-feira, 11 de abril de 2017

COMO IMAGINAMOS OS EXTRATERRESTRES

COMO IMAGINAMOS OS EXTRATERRESTRES

Longe vão os tempos em que as mentes especuladoras imaginavam a existência de seres residentes noutros planetas, ao estilo dos selenitas (semelhantes a galináceos) que os intrépidos irmãos Lumiére encontraram ao visitar a Lua.

De então para cá há centenas de “testemunhas fidedignas” que afirmamn sermos visitados insistentemente. Com propósitos nada claros a julgar pelo que os especuladores descrevem. Foi comum, e persistem hoje, entre os vocacionados a imaginar como seriam os seres de outro mundo, apoiarem-se em animais nossos conhecidos na Terra, incorporando partes de uns e outros, tal como se gerassem uma nova quimera.

Os avanços científicos e, em concreto a noção das distâncias que nos separam de outros mundos, e dos limites que ainda se consideram como impossíveis de ultrapassar, pelo menos enquanto não surjam novas teorias na física e astronomia, fecham-nos no que respeita a visitar ou sermos visitados. Por enquanto a velocidade da luz é um obstáculo inultrapassável. Que inclui a dificuldade, até hoje sem resolver, de poder transmitir matéria dum ponto a outro, seja na Terra como fora dela.

Como conseguir? As mentes mais expeditas dizem que isso se conseguirá enviando os átomos como mensagens de radio e reconstruindo o objecto, ou a pessoa, no outro lugar. Para tal, além de muitos problemas tecnológicos ainda nem sequer esboçados, implicaria a existência de um equipamento receptor e reestruturador no ponto onde desejássemos enviar o tal tele-transporte. Ou seja, que não bastaria fazer pontaria a um planeta determinado se não existisse, disponível, uma aparelhagem receptora e reconstrutiva. Daí que antes deste teletransporte teriam que ter ido os montadores, fossem humanos ou robots comandados desde a Terra ou uma base de terrestres em local próximo.

Apesar destas dificuldades, por enquanto impossíveis de ultrapassar, continuamos a imaginar seres extraterrestres. E, como sempre aconteceu, a base destas criações é função do que conhecemos ou que damos como ser possível no futuro mais ou menos próximo.

Quando se admite que os seres imaginários devem ter um aspecto plausível a especulação, mais uma vez, parte do que sabemos. Assim sendo os humanoides em questão, possivelmente dissemelhantes de nos, devem ter um conhecimento científico bastante superior ao nosso. E isso implica terem um cérebro ainda mais volumoso do que o nosso. Por isso é habitual serem representados como dolicocéfalos em grau superlativo. Ter tanto poder mental liberta-os dos esforços físicos e, em consequência imaginam-se corpos frágeis, qual pigmeus anoréticos.

Outros inventivos já dispensam o corpo físico. Reduzem estes seres, hipotéticos, a uma espécie de hologramas, que devem deslocar-se pela força do pensamento, e esta não deve obedecer às nossas leis da física. Mas então como se explicam as pretensas naves galácticas que se afirma nos visitam com insistência?

Poder acreditar nas notícias, nunca confirmadas oficialmente, de visitas de seres de outros mundos colide, frontalmente, com todo o progresso que se tem feito na astronomia e no envio de naves exploratórias. Estes sucessos estão baseados nas teorias da relatividade restrita e geral, cujos postulados iniciais nos foram dados por Einstein.

Admitindo que as fronteiras do conhecimento são colocadas, constantemente, mais longe dados os avanços que, progressivamente, se alcançam, devemos ser cientes de que faltam grandes saltos até conseguir, se tal for possível, ultrapassar o nosso sistema solar e mesmo a nossa galáxia. Se hoje outros seres nos conseguem visitar é pertinente deduzir que, comparativamente, somos uns primitivos e que os nossos foguetões equivalem às pirogas dos nativos que tão brilhantemente colonizamos.



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