terça-feira, 31 de março de 2020

HISTÓRIA - OS AMIGOS HOLANDESES

Este artigo, longo mas MUITO INTERESSANTE, chegou-me "por mão amiga" e considerei ser de interesse para toda a população, ou pelo menos aqueles que se interessam pelo passado que afecta o presente.

FORÇA! amigos. Agarrem-se  e leiam, que a cultura faz bem


Assunto: Fwd: FW: Não esquecer a história....com a Holanda

Não esquecer a história....com a Holanda



A não deixar de ler o histórico holandês! Não mudaram! Quando o
Ministro Holandês das Finanças se mostra um canalha, nada como uma
«Lição de História»

A GUERRA IBERO-HOLANDESA

Não vou discutir a questão dos Eurobonds, que já é velha e em que a
posição dos diversos países europeus não mudou. O que me ocorre
comentar é o acinte do ministro holandês para com a Espanha.

Porquê em especial a Espanha?

Há coisas da História que ficam na memória coletiva dos povos, não
tanto enquanto memória dos factos, mas como memória emocional, em
ódios e estimas. E o facto é que há na Holanda um ressentimento
secular contra Espanha e também contra Portugal, como se constata em
blogs e ciber-grupos quando se fala dos Descobrimentos ibéricos. Donde
vem isso?

É que a Espanha e a Holanda travaram uma guerra durante 80 anos, entre
1568 e 1648! A qual acabou com a vitória holandesa na Europa, mas a
derrota no Ultramar espanhol. É uma longa história, que não vou
desenvolver, mas referir apenas que, sem justificação, a Holanda
alargou essa guerra a Portugal, no que foi sem dúvida a primeira
guerra imperialista moderna da História europeia.

Por cá é pouco conhecida, como tudo o que respeita à História do nosso
império ultramarino, mas essa guerra foi a guerra mais longa que
Portugal travou na sua História, a seguir à guerra contra os mouros.

Basicamente, a Holanda procurou roubar a Portugal o seu império
ultramarino. Começou por piratear sistematicamente os nossos galeões e
caravelas, e no Oriente tirou-nos tudo o que pôde - Ceilão, as Molucas
(atual Indonésia, de que só nos deixou Timor) , o comércio com o
Japão, e só não nos tirou Macau por que o imperador chinês nos
protegeu, ao contrário do imperador japonês.

Na África tirou-nos o Cabo, não conseguiu tirar Moçambique, mas tentou
também tirar-nos o Brasil e as colónias da África atlântica. Que foi
onde a guerra foi mais acesa e longa.

A guerra no Brasil foi pela apropriação das plantações de açúcar, e
durou 65 anos. Foram os próprios brasileiros quem derrotou e expulsou
os holandeses, embora estes tenham depois ido plantar açúcar na
Guiana. Como o açúcar brasileiro (que todos os outros depois copiaram
no Haiti, em Cuba, etc.) era uma agroindústria inviável sem os
escravos africanos, a Holanda tomou-nos São Tomé e Príncipe, a Mina na
costa da Guiné, e em 1640, quando já não éramos súbditos dos espanhóis
e, portanto, sem desculpa, Luanda. Mas apenas Luanda, nunca
conseguindo desalojar os portugueses das suas posições no interior,
graças aos nossos aliados africanos e também à ajuda brasileira.

Também no Brasil, como em Angola, os holandeses nunca conseguiram
passar de algumas cidades costeiras para o interior. No interior
dominaram sempre os portugueses, os luso-brasileiros, e em Angola os
luso-africanos. No Brasil os luso-brasileiros mantiveram cercadas as
cidades costeiras sob domínio holandês, desbaratando-os quando
tentavam penetrar no interior. E foram os brasileiros quem financiou,
construiu e equipou a armada que foi a Luanda e a São Tomé recuperar
aquelas fontes de escravos para as plantações de açúcar. A
historiografia brasileira oficial considera que foi nessa guerra que
se forjou a sua nacionalidade, com a luta combinada de destacamentos
luso-brasileiros brancos, tropas índias, e tropas negras formadas por
ex-escravos. Todos juntos contra os holandeses.

A questão religiosa foi importante, neste desfecho da guerra
luso-holandesa. A aversão calvinista dos holandeses aos ícones
religiosos católicos, aos santinhos e aos andores com a Nossa Senhora,
às relíquias sagradas e ao Papa, não colhia apoio entre africanos e
índios cristianizados pelos estimados jesuítas. Pelo contrário,
escandalizava-os.

A Holanda perdeu essa guerra no Atlântico, portanto, mas ficou ressentida.

Nota: a Holanda era a parte norte de uma nação mais vasta, os "países
baixos", cuja parte sul acabou por ficar do lado espanhol. Não só com
a maioria católica do sul que não se revia no Calvinismo holandês,
como de parte dos próprios protestantes de outras igrejas, dada a
intolerância Calvinista. Essa parte sul acabou por conseguir a sua
independência em 1830 e é desde então a Bélgica. Com quem Portugal
sempre se deu bem.

A História tem muita força...





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