QUANDO
AS TORRES GÉMEAS CAÍRAM
No
dia 11 de Setembro do 2001, em que se deu terrível e inesperado
ataque terrorista às Torres Gémeas de Nova Iorque, eu estava,
casualmente na Praça de Bocage em Setúbal. O meu telemóvel
(naquele tempo um “tijolo”)
chamou. Era o meu filho segundo que me noticiava que, naquele momento,
as televisões de todo o mundo estavam transmitindo, em directo, um
avião que se estampara, propositadamente, sobre uma das torres
gémeas. Desde o primeiro momento deduziu-se que aquilo não era um
acidente fortuito, posto que aquela zona estava totalmente interdita
para ser sobrevoada. Aquilo não era um acidente, era um atentado
terrorista, que não demoraram a confirmar os mandantes da Al Keda.
Confesso,
envergonhado, que naquele instante a minha reacção visceral
foi considerar que já era altura de que os habitantes dos EUA
sentissem, na própria pele, e em sua casa, aquilo que eles se
dedicavam a fazer a outros povos! Obviamente, não tardei a sentir a
realidade que caiu sobre as pessoas que estavam, naquela altura, no
interior do edifício. Certamente que nenhum dos que foram apanhados
tinha a mínima culpa para merecer um fim tão terrível. ;as...
sabemos que, em tempo de guerra, é habitual que os civis levem com
as culpas dos que se mantêm resguardados nos seus gabinetes,
comandando desde longe.
Não
tardou que outro avião fosse, propositadamente também, embater
contra a segunda torre. Aquilo foi dantesco, terrível, além de
espectacular, por estar centrado na zona de negócio mais importante
da cidade símbolo dos USA. Não se tratava de uma operação de
guerra entre países em conflito. Nem sequer se tratava duma acção pontual segundo as regras dos bombardeamentos massivos, como os que se fizeram durante a segunda
guerra mundial.
Nem se podia comparar a duas bofetadas na face do seu inimigo, ou mesmo a serem, figuradamente, dois fortes murros. Os alvos foram estudados e atingidos com saber
estrutural. Quem preparou esta operação suicida sabia, muito bem,
donde deviam atacar para conseguir derrubar, totalmente, aqueles
magnos edifícios.
Confirmaram-se,
sem qualquer dúvida, os meus rudes receios de que todos aqueles
estudos técnicos, com a composição de vectores e anulação dos
esforços, que justificavam estas estruturas, não podiam
corresponder à realidade, apesar de que cada vez se erguem edifícios
mais altos mais arrojados, que contrariam os meus receios. Continuo
convencido de que, de facto, estamos brincando com castelos de
cartas, e podemos ter a certeza de que outras torres ruirão sem
necessidade de terroristas que saibam em que ponto lhes dar a
marretada.
Pensamento
pessoal – Tentar enganar a força da gravidade é arriscado, e
vai contra o desprezado senso comum.
Sem comentários:
Enviar um comentário