segunda-feira, 16 de março de 2020

VIVÊNCIAS - A dança macabra II

Quem é que não tem lembranças? Faça o favor de levantar a mão !

PARA QUEM TIVER CURIOSIDADE

SEMPRE mas especialmente ao longo da Idade Média e Renascença, se nos delimitarmos ao espaço dito ocidental, o tema do após-morte foi muito batido, dentro e fora da religião. Uns para incutir medo e os outros para a banalizarem, precisamente por ser inevitável.

Existem extensos testemunhos, tanto em escritos como em pinturas e gravuras, inclusive, em esculturas, normalmente estas mais frequentes nas igrejas românicas. Mais tarde, no ainda próximo romantismo, os temas “mórbidos” tiveram uma nova fase de interesse e expansão.

Nos dias de hoje parece que esta ilustração esquelética da morte foi sendo deixada de lado. Só o México é que nos vem à memória com as suas celebrações no dia dos mortos. Possivelmente uma réstia, viva de épocas pagãs que o catolicismo não conseguiu extinguir.

Recordo que quando tinha filhos em idade inferior aos dez anos, e também as netas e outras crianças que me caíssem por perto, se por acaso se mostravam espantados (por atavismo cultural) ao ver uma caveira, um esqueleto, nem que fosse num desenho, lhes dizia, junto uma carícia na sua testa: NÃO TE ASSUSTES, TU E NOS TODOS, DEBAIXO DA CARNE TEMOS UM ESQUELETO, UMA CAVEIRA. É a nossa estrutura de suporte, indispensável! Sem estes ossos não podemos viver.

Penso que, apesar de tantos conhecimentos, que poucos podem estar convencidos (e estão errados) que dominam na totalidade, as pessoas de hoje são tão temerosas como as que nos antecederam.

Sugiro que no facebook procurem La danza macabra. Encontrarão muito para vos entreter nestes dias de clausura “voluntária”.

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