QUEM APOSTA ?
Dada
a evolução recente nos quadros superiores da Justiça em Portugal,
e dando fé ao pouco que conheço pessoalmente deste tema, embora o
suficiênte para verificar que não bastam sentenças favoráveis ao
demandante, uma vez que as possibilidades de colocar paus nas rodas
são muitas e permitem protelar o cumprimento do estipulado pelos
juízes até uma data indefinida, que julgo pode estar perto de
coincidir com o aparecimento de dentes nas galinhas, não me atrevo
a prever como marcharão os processos mais mediáticos após estas
mudanças. Mais correctamente: imagino o pior.
Já
vi opiniões, identificadas, que nada de bom prenunciam. E outros que
não escondem a satisfacção, prevendo que raros serão os
indiciados para comparecer a julgamento, que muitos capítulos serão
considerados prontos para arquivamento, e que o cidadão normal, o
inerme, o que não atingiu o estatuto de intocável, ficará com um
desânimo total, após de ter criado uma ilusão, pelos vistos
totalmente utópica, de que desta vez as coisas não ficariam
penduradas, como tem sido habitual.
Não
me admiraria que aqueles, poucos, que já tiveram periodos de prisão
efectiva venham a receber chorudas indemnizações do Estado (pagas
por todos os já citados cidadãos comuns). Outros, para
disfarçar esta prevista lavagem de culpas, podem ser “castigados”
com multas simbólicas e penas suspensas in eternum.
Reconheço
que as minhas tentativas de criar um diálogo, escrito, com algum
leitor já mostraram, fartamente pela ausência de respostas (um
fartar que se assemelha mais a uma greve de fome) prenuncia que
também desta feita, não terei seguidores. Já estou habituado.
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