Um
risco entre muitos
Quando
nos deixamos cair nalguma das redes sociais, ou caixas de comentários
abertas, arriscamos a ser não só mal interpretados como
enxovalhados com palavras irrespetáveis. Depois de uma experiência
pessoal neste campo, fruto dum momento de distensão, que não me
impediu de baixar a guarda e entrei na lide de um toiro que não
quero tourear, aconteceu o que era de esperar. Aceito confessar que
fiquei atónito. Não previ nem sequer parei a avaliar, os riscos que
estão sempre implicados quando nos expomos perante gente
desconhecida ou mal conhecida, por não qualificar de rascas.
De
imediato surgiu o impulso de reagir, sempre ponderando qual o caminho
mais aconselhável a seguir. Sem dúvida que entrar em peixeiradas
não é opção. Resta a decisão de lhes deixar o campo aberto para
o conspurcarem a seu bel prazer, ou obedecendo alguma indicação
vinda de lá acima.
Pesa-me
na “ialma”, como pronunciaria um viseense, reconhecer que por
instinto tinha a obrigação de prever como seria o lamaçal -mais
propriamente um chiqueiro- onde me arriscava a entrar. Mas
todos sabemos que agir sem ponderar comporta o risco de nos enganar.
Mesmo assim o que me consola é que as palavras de asno não chegam
longe, só os seus rebusnos é que se podem ouvir a léguas. Mas
poucos ligam a estes chamamentos animalescos, é uma linguagem -por
assim dizer- própria
dos seus pares.
Sem comentários:
Enviar um comentário