quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

MEDITAÇÕES - Do vírus coroado




Regresso às monarquias? Ou alarme exagerado?

Num nível estritamente pessoal estou numa de expectativa, com uma dose importante de receio por ser alvo de um alarme excessivo. Mas nem por isso confiado em que tudo fique delimitado a uma nuvem negra, passageira. A reacção, que considero prudente, é a de me manter à espera, como se estivesse numa batida aos javalis, mas sem arma carregada.

Admito que fujo de ler e de ouvir notícias e comentários “elucidativos” acerca de estarmos à beira de uma pandemia, ou seja de uma peste que pode afectar toda a população do globo. Encontro, neste momento, facetas conhecidas e outras que entram num alarmismo mais agudo do que em ocasiões anteriores.

Recordemos que já ultrapassamos alarmes internacionais, tais como as chamada gripe das aves, a doença das vacas loucas, a gripe asiática. Sem referir a já histórica -por não pertencer à memória dos vivos actuais- gripe espanhola, que levou milhões de europeus para a cova. E agora, em que situação estamos?

Para já nos estão metendo pelos olhos e ouvidos dentro o receio de que este vírus tanto pode ser mortal como passar como uma constipação febril. Mas que pode comportar um risco potencial elevado de ser fatal (como o destino). Instalaram, na povoação sensível, para não denominar de medrosa, um nível de pânico anormal. Tão inusitada é a situação que inclusive neutralizou, quase que totalmente, o interesse popular -e não só- pelas transmissões ao vivo dos festejos carnavalescos.

As horas de emissão foram monopolizadas por declarações que me escusei de seguir por considerar -com uma liberdade de critério que nada justifica- que pouco ou nada nos elucidam; Ou sabem mais do que dizem, e fazem o possível para não se comprometer. Numa dualidade de objectivos contraditória. Assim podemos avaliar as medidas de confinamento, de reclusão de possíveis infectados, como algo que não nos pode convencer; pois que no pior dos casos a decisão equivale e promover a infecção geral, e possível morte, a todos aqueles que fiquem com a porta de saída fechada, pela simples razão de que, segundo nos dizem, ainda não se encontrou um tratamento curativo de confiança, nem sequer preventivo (vacina).

Estando a informação, neste momento, carente de recomendações activas, a proliferação de notícias só de teor alarmante não pode acalmar nem, orientar a população. E, por outro lado, sente-se uma pressão económica muito potente no sentido de não afastar os seus potenciais clientes das viagens de prazer, sejam por via terrestre, aérea ou marítima. Que, sem dúvida, podem fomentar a rápida difusão da possível pandemia.

Se os alarmes sobre a presença de infectados em cruzeiros, os tais monstros marinhos que parecem hotéis com muitos andares, navegando com muitos passageiros e tripulantes, se cumprirem, e se para aliviar a pressão se “soltarem”, mesmo às pinguinhas, os que estão em quarentena, sem se saber exactamente qual o período de incubação da peste vírica, nem o despiste eficaz, esta situação pode alterar, sensivelmente, e até beneficamente, a promoção e extensiva adesão de muitas pessoas no fluxo de turismo de massas.

Eu, prefiro esperar, pelo menos até que a situação fique claramente definida. Não me consolam as declarações do “mensageiro e bondoso” Guterres, nem do popular Presidente. Só vejo, nestas personagens, tentativas de acalmar o fogo que, os meios de comunicação inflamam constantemente. A SITUAÇÃO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO É ATÍPICA E NADA POSITIVA, a meu entender.

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