quinta-feira, 27 de junho de 2019

MEDITAÇÕES - Formatar a população



A formatação de um povo

Quando se refere a população em geral com o cognome de “povo”, já se sabe que aqueles que se consideram letrados q.b., quando lêem que este termo entendem que não se lhes aplica. Em consequência o termo “povo” ficou restrito à plebe mais abjecta, os desprezíveis, aqueles que estão ao nível da ralé. Todavia aqueles que “orientam” -ou pretendem orientar-, o pensamento da população em geral não se descaem a usar os termos desrespeitadores que eu coloquei propositadamente.

A experiência vivida obriga-me a não aceitar separações com base em preconceitos, capacidades económicas e menos o considerar que se nasce com um estigma, que se pode carregar até o fim dos dias, e até dar de herança aos descendentes. Felizmente a evolução rápida da sociedade nestas derradeiras décadas mostrou que é factível subir ou descer na escala social. Mesmo assim, o facto de que a educação se tenha distribuído quase que equitativamente, e surgissem novas oportunidades para singrar na vida sem cair no trabalho braçal e desgastante, é pertinente reconhecer que estamos bastante longe da igualdade.

Os acontecimentos da política no Reino Unido, que ainda não estão definitivamente concretizados, podem ser um caso de estudo para aqueles que pertencem, por nascimento e modelação, a países que tiveram uma fase de expansão e poder que, vistas de longe, se imagina ter sido melhor e mais proveitosa para a população do que foi de facto.

Muitos dos que se dedicaram a relatar o passado, glorioso, caem na tentação de esconder, ou não referir, as páginas negras, sumamente desagradáveis e desprestigiantes que, SEMPRE existiram ao longo de todas as colonizações. Sendo esta técnica quase que geral cabe ao cidadão que deseja ser devidamente sabedor, do bom e do mau, tentar e conseguir fugir da catequização que, desde os patamares mais conservadores (infelizmente os que assim se comportam, arrastados pela publicidade oficial e oficiosa, nem seque são conscientes de que colaboram na grande fraude)

Atrevo-me a supor que aquilo que se valoriza como ser o Amor à Pátria, corresponde a esconder para debaixo do tapete, e de um modo tácito, tudo aquilo que contrarie a beleza apregoada. Admito que aqueles que constituem a reduzida minoria de seguidores, sabem das tácticas usadas -até uma centena de anos atrás- pelas pessoas com posses económicas que lhes permitissem emular a realeza, para procurar esconder o mau cheiro corporal, fruto de uma quase geral falta de higiene, por meio de perfumes intensos.





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