terça-feira, 12 de março de 2019

SERÁ DEFEITO OU VIRTUDE ?




A pergunta pode ser apresentada de outra forma: Aceita que se atirem pedras ao telhado do vizinho ou admite que cada um deve ser dono de optar pelo que entender, sempre e tanto que não incomode os outros?

Este pensamento, que nem sequer tenho a ideia de que seja exclusivo da minha mioleira, surgiu após meditar sobre a vocação que algumas pessoas manifestam renegando das decisões de outrem. Por vezes pouco falta para que deitem fora, ou dentro de locais com accesso livre, afirmações que se podem qualificar de cobras e lagartos. Nem sequer estou em sintonia com aqueles que pretendem “catequizar” o pensamento alheio, tentando assim os levar para o seu sector.

Atitude diferente é a de apresentar as suas crenças com honestidade, ou até com leves mostras de não concordarem, mas mesmo assim esta abertura ao exterior, que a podemos aceitar como dispensável, nem sempre temos a percepção de que pode ser prejudicial, para quem se “despe” perante estranhos,  e até pode ser considerada como reprovável, dada a possibilidade de poder influenciar alguém que até então se sentia satisfeito com as suas noções e ideias,mesmo que outros as rejeitam por princípio. O afectado pode passar a sentir-se culpado e, em consequência, ficar pressionado.

Se dermos algum crédito ao que as Sagradas Escrituras, nomeadamente o que se diz nos versículos do Antigo Testamento, lá encontraremos a afirmação de que “o Supremo Criador” ofereceu ao homem -e possivelmente também à mulher- a liberdade de pensar e agir do modo que entendesse. MAS... sob certas condições, pois este bondadoso patrão tinha ideias bem concretas de como desejava que as suas criaturas se comportassem. Mesmo assim, as suas exigências e punições -que na primeira fase,ou Antigo Testamento, eram terríveis, drásticas até mais não, quando a idade a lhe pesar e o obrigou a ser mais comedido, permitiu excessos que não deveria ter deixado passar ao largo.

A mudança de atitude de Jeová foi, se atendermos aos acontecimentos, o deixar de ser Ele o carrasco oferecer, gratuitamente, este privilégio ao homem. Ou mais claramente. Entendam-se ou lixem-se. Eu fico a ver.

Mas podemos saltar por cima destas palavras orientadoras e ficar com a noção de que o pensamento deve ser visto e avaliado, sempre, como livre. Infelizmente esta faceta, basilar, da liberdade nem sempre é respeitada pelos bípedes, nossos parceiros nesta viagem planetária pelo cosmos.

Tal como tenho feito noutras ocasiões, pensei em pesquisar, nos refraneiros de que disponho, os ditados, anexins e outras máximas equivalente que a sabedoria popular foi acumulando, onde se comentassem as virtudes e defeitos que o homem (sempre com a mulher incluída) tem insistido em aderir. Encontrei mais referências sobre os defeitos do que das virtudes. Desisti, para bem da humanidade. Fico-me aqui, sem cumprir o meu imaginado roteiro.

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