A
pergunta pode ser apresentada de outra forma: Aceita que se atirem
pedras ao telhado do vizinho ou admite que cada um deve ser dono de
optar pelo que entender, sempre e tanto que não incomode os outros?
Este
pensamento, que nem sequer tenho a ideia de que seja exclusivo da
minha mioleira, surgiu após meditar sobre a vocação que algumas
pessoas manifestam renegando das decisões de outrem. Por vezes pouco falta para que deitem fora, ou dentro de locais com accesso livre, afirmações que se podem qualificar de cobras e lagartos. Nem sequer
estou em sintonia com aqueles que pretendem “catequizar” o
pensamento alheio, tentando assim os levar para o seu sector.
Atitude
diferente é a de apresentar as suas crenças com honestidade, ou até
com leves mostras de não concordarem, mas mesmo assim esta abertura ao
exterior, que a podemos aceitar como dispensável, nem sempre temos a
percepção de que pode ser prejudicial, para quem se “despe”
perante estranhos, e até pode ser considerada como
reprovável, dada a possibilidade de poder influenciar alguém que
até então se sentia satisfeito com as suas noções e ideias,mesmo
que outros as rejeitam por princípio. O afectado pode passar a
sentir-se culpado e, em consequência, ficar pressionado.
Se
dermos algum crédito ao que as Sagradas Escrituras, nomeadamente o
que se diz nos versículos do Antigo Testamento, lá encontraremos a
afirmação de que “o Supremo Criador” ofereceu ao homem -e possivelmente também à mulher- a liberdade de pensar e agir do
modo que entendesse. MAS... sob certas condições, pois este
bondadoso patrão tinha ideias bem concretas de como desejava que as
suas criaturas se comportassem. Mesmo assim, as suas exigências e
punições -que na primeira fase,ou Antigo Testamento, eram terríveis, drásticas até mais não, quando a idade a lhe pesar e o obrigou a ser mais comedido, permitiu excessos que não deveria ter deixado
passar ao largo.
A mudança de atitude de Jeová foi, se atendermos aos acontecimentos, o deixar de ser Ele o carrasco oferecer, gratuitamente, este privilégio ao homem. Ou mais claramente. Entendam-se ou lixem-se. Eu fico a ver.
Mas
podemos saltar por cima destas palavras orientadoras e ficar com a
noção de que o pensamento deve ser visto e avaliado, sempre,
como livre. Infelizmente esta
faceta, basilar, da liberdade nem sempre é respeitada pelos bípedes,
nossos parceiros nesta viagem planetária pelo cosmos.
Tal
como tenho feito noutras ocasiões, pensei em pesquisar, nos
refraneiros de que disponho, os ditados, anexins e outras máximas
equivalente que a sabedoria popular foi acumulando, onde se comentassem as
virtudes e defeitos que o homem (sempre com a mulher incluída) tem
insistido em aderir. Encontrei mais referências sobre os defeitos do
que das virtudes. Desisti, para bem da humanidade. Fico-me aqui, sem
cumprir o meu imaginado roteiro.
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