quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

UMA MÁ TÁCTICA






Sabem, os que me seguem, que não entro nas tricas partidárias. Mas isso não impede de que, mesmo de longe, vá observando, sem paixão, o comportamento duns e outros, assim como as actividades "subversivas" com que alguns se entretém procurando guerras intestinas.

E neste capítulo sinto um certo desconforto ao ver a pressão que um grupo de "sociais democratas" que não gostam de ser citados como direitistas, mas tampouco se sentem minimamente sociais, o que aliás é compreensível quando o PS, que deveria ser uma referência, já meteu o socialismo na gaveta desde o tempo do falecido patriarca Mário Soares. Mas ao que vamos, ou seja, ao que me incitou a escrever:

Esta proposta de defenestração encabeçada, visivelmente por um tal de Montenegro, mas apoiada, pelo que se diz, por Santana ou seu fantasma, e possivelmente também por Marques Mendes, e outros no género, é, mais uma vez, a ponta visível da ciumeira de Lisboa, incluídos aqueles que não sendo nados neste distrito e menos na capital, ali tecem as suas redes e não querem perder uma oportunidade para as lançar e ver se apanham alguma coisa que se veja.

O grupo de conspiradores sabe, por experiência e valores numéricos históricos, que não podem conseguir o poder do partido através dum referendo nacional, pois que de Coimbra para cima estão fartos das gentes da capital e apoiariam até uma nulidade (que não é o caso) para não ter que aguentar os rapazes da capital.

Apesar de que mantenho as minhas adversões para a imensa maioria dos políticos e, por consequência, dos partidos em que se organizam, as poucas vezes que dei atenção às palavras de Rui Rio pareceram-me sensatas e merecedoras de se terem em conta, coisa que não acontece com os discursos provocadores dos "rebeldes" de Lisboa. Para minha satisfacção pessoal espero que os lisboetas não consigam os seus propósitos, que aceitem manter, pacientemente um tempo de espera até que as cartas do baralho mostrem outra realidade.


Os cidadãos, com direito ao voto, devem meditar acerca da situação 
actual. De como é periclitante e falsa a estabilidade conseguida. Mas 
que é preferível esperar para ver e não apressar um parto que nada de
bom pode prometer. Provocarem uma guerra interna não vai favorecer 
os seus intentos a médio e longo prazo, pelo menos se tiverem em 
consideração que tal atitude não iria só favorecer os interesses dum grupo, 
mas afectaria toda a população.

Os governos, sejam mono partidários ou em coligações. comportam-se

como todos os seres vivos: nascem, crescem e morrem. Já não estamos 
ou não desejamos voltar, aos tempos do golpismo, das ditaduras seja de
qual for a orientação. Deixem que a situação evolua por si mesma, e em
chegando o momento apresentem uma alternativa séria, correcta, descom 
prometida. Serão capazes disso? Sei que é difícil, mas seria bom para o
Pais e seus habitantes, que sem eles nem sequer existiria o dito País.

Aguardar a oportunidade mais favorável é de sábios e ,tal como diz o povo
,  ANTES ASSIM QUE PIOR 

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