segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

ACERCA DAS EXTREMIDADES


PENSAR NAS MÃOS E NOS PÉS

Deixando de lado as convicções criacionismo,depois de olhar atentamente para a forma como estão estruturados os seres vivos, e se juntarmos ao que observamos os factos que tem sido descobertos nos cem anos mais próximos, temos que concluir que a evolução das espécies não se conduziu de uma forma aleatória, que sempre se procurou a solução mais favorável e qu quando alguma solução se verificou ser eficaz a natureza não teve nenhum preconceito em a aplicar em muitos casos particulares, e nem sempre próximos entre si.

Uma vez que o homem se auto-classificou como o rei da bicharada , e por extensão como o mais importante membro da população do planeta terra, é lógico que esta glória se ligasse à pretensão de que existia um ser, impessoal, omnipoderoso e omnipresente, mas muito humanizado nos seus sentimentos e soberba acurada. Um ser eterno que, além de estar na base da criação absoluta e do governo de tudo o que existe, existiu e existirá na Terra e por extensão no Universo, se dedicou, com esmero, a todos os pormenores. Esta valorização, extrema, de um ser superior, é, ainda a base de quem nega a realidade da evolução. É mais fácil entregar todas as decisões ao grande patrão,

Todos reconhecemos a importância que tem o facto da estrutura das mãos nos apresentar um polegar separado dos outros dedos, numa posição que, num primeiro olhar, nos parece anormal, ou incompreensível. Só com uma observação criteriosa é que valorizamos, de forma importante, as passibilidades que nos oferece ter um dedo polegar forte e colocado a noventa graus dos restantes dedos. Como se deu esta evolução?

Para o homem, como animal, esta estrutura das mãos não é única. Para já sabemos que os antropóides, tem as suas extremidades posteriores terminadas numa estrutura muito semelhante à das mãos, com o polegar em posição oposta aos outros dedos. Terem quatro ãos justifica-se pela sua necessidade de deslocação e fixação no meio arbóreo, que lhes oferece uma maior segurança perante predadores do que o solo. Curiosamente, ou não, quando se deslocam pelo chão, o polegar em oposição não lhes é favorável e por isso vemos que dobram os dedos como punhos e progridem apoiados nestes punhos. Mas a planta dos seus pés/mãos é suficientemente ampla,larga e comprida, para lhes proporcionar inclusive a possibilidade de se deslocarem com o torso erguido.

A opção de ter extremidades com polegar em oposição aos outros dedos está longe de ser exclusiva dos antropóides. Os camaleões,de vida essencialmente arborícola, tem polegares destacados e opostos tanto nas extremidades anteriores como nas posteriores. Outras espécies animais optaram, na sua evolução específica, por soluções semelhantes.

Ainda no capítulo das extremidades anteriores vimos que evoluíram de formas diferentes, adaptando-se às necessidades de cada espécie. É muito curioso ver como, em certos casos, os braços se transformaram em asas, com penas ou membranas que permitissem a deslocação pelo ar e a decisão do rumo a seguir.

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