domingo, 19 de janeiro de 2020

MEDITAÇÕES - Um olhar ao futuro que criamos



COLABORAR REDUZINDO O CONSUMISMO

Não me parece que o pessoal em geral, ou pelo menos aqueles que brincam com o PC, não se sinta preocupado, apreensivo ou até mesmo acagaçado com as insistentes notícias que nos chegam acerca da degradação da biosfera. Nomeadamente das que se referem ao aquecimento global e às negras consequências que uma mudança climática nos pode oferecer a curto prazo.

Para os que negam esta evolução negativa, alegando, (tal como eu já fiz), que o planeta já passou por múltiplas mudanças, hoje inimagináveis, e que a Terra continuou e continua a girar. Sem que hoje nos afectem os períodos de intensas secas, que deram origem aos desertos actuais. A mudanças do nível do mar, glaciações e até mudança da polaridade gravitacional. Mais o impacto de grandes meteoritos que até afectaram a órbita do planeta e a extinção de muitos seres vivos, podemos tentar tranquilizar o nosso espírito esclarecendo que aquilo sucedeu bastante antes de que o homem povoasse a terra. As grandes catástrofes e mudanças ambientais, que alteraram o equilíbrio dos seres vivos, não as presenciamos. Sabemos que aconteceram por testemunhos geológicos, mas a humanidade não foi dizimada. Nem as pestes conseguiram o nosso extermínio. Mas nós mesmos nos encarregaremos disso.

O que a velocidade com que estamos afectando o equilíbrio da Terra, sob todos os sectores, desde a atmosfera, espaço pré-sideral e, em menor medida o sideral, a biosfera, os mares e a temperatura geral, nos deve preocupar mais do que muito. E não é suficiente o temer o futuro, que se aproxima mais rapidamente do que se previa unas décadas atrás. É preciso agir hoje, com as capacidades e responsabilidades que nos correspondem.

Já não podemos fingir que não sabemos quanto o homem está estragando o planeta. Não há quem possa acreditar que separando o lixo em grupos de composição, ou seja na colaboração, pouco concretizada, da reciclagem, já cumprimos o nosso dever, e daí poder alegar ignorância do que, constantemente, a humanidade está fazendo. Ou seja: todos nós, inclusive os mais abandonados do globo, pois que até eles chegou, por transferência do “primeiro mundo” a ânsia do consumismo.

Se reflectirmos, com sensatez e pensarmos nas gerações que nos podem suceder, chegamos à conclusão de que é imperioso reduzir, progressivamente até chegar aos níveis mínimos, o consumismo sem travão.

Aquilo que vemos e avaliamos como lixo que está estragando o planeta, desde o ar com poeiras, gases e micro-partículas não degradáveis, até as mais profundas fossas marinhas. São produtos químicos, descartáveis, e não degradáveis que, camufladamente se lançam ao mar ou levam a zonas despovoadas. É material produzido, sinteticamente, pelo homem e que depois de usar é descartado. São muitos os artigos e produtos que se espalham ou enterram, como se isso os eliminasse.

Quando os cidadãos comuns nos deslocamos a um armazém para adquirir bens alimentares ou outra espécie qualquer, carregamos com uma quantidade de embalagens descartáveis, sempre repostas após a compra. Isto não acontecia cem anos atrás, espaço de tempo que pouco ultrapassa o prazo médio de vida das pessoas.

Cada um de nós é responsável por muitos quilos de lixo, Que se devem considerar como sendo só uma parcela do que a indústria produz. Se a esta noção, terrorífica, juntarmos o consumo energético global, desde o directamente pessoal até o industrial, e os gases que emitem os meios de transporte, terrestres, marítimos e aéreos, que devem alcançar valores alarmantes, e os dividirmos por todos os habitantes (não proporcionalmente porque os do primeiro mundo contribuímos com uma parcela muito maior) podemos ficar abismados pelo que nos toca de responsabilidade.

Sou consciênte de que os meus pensamentos não terão qualquer efeito sobre o comportamento das pessoas. Mas também estou convencido de que se não alterarmos o nosso modo de vida, o futuro próximo será tenebroso (cem anos não é nada, mas será suficiente para confirmar o que hoje parece ser só pessimismo alarmista) Felizmente não estaremos cá para ver; mas alguns descendentes nos poderão acusar, e com razão.

DESEJARIA QUE TODOS FOSSEMOS TRAVANDO O CONSUMO EM GERAL. DESDE AS PEÇAS DE ROUPA NÃO ESSENCIAIS ATÉ A ENERGIA. DESLOCAÇÕES PESSOAIS E TUDO AQUILO QUE NOS PAREÇA, COM RAZÃO, QUE CONTRIBUI À DEGRADAÇÃO DO AMBIENTE.

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