COLABORAR
REDUZINDO O CONSUMISMO
Não
me parece que o pessoal em geral, ou pelo menos aqueles que brincam
com o PC, não se sinta preocupado, apreensivo ou até mesmo
acagaçado com as insistentes notícias que nos chegam acerca da
degradação da biosfera. Nomeadamente das que se referem ao
aquecimento global e às negras consequências que uma mudança
climática nos pode oferecer a curto prazo.
Para
os que negam esta evolução negativa, alegando, (tal
como eu já fiz), que o planeta já passou por múltiplas
mudanças, hoje inimagináveis, e que a Terra continuou e continua a
girar. Sem que hoje nos afectem os períodos de intensas secas, que
deram origem aos desertos actuais. A mudanças do nível do mar,
glaciações e até mudança da polaridade gravitacional. Mais o
impacto de grandes meteoritos que até afectaram a órbita do planeta
e a extinção de muitos seres vivos, podemos tentar tranquilizar o
nosso espírito esclarecendo que aquilo sucedeu bastante antes de que
o homem povoasse a terra. As grandes catástrofes e mudanças
ambientais, que alteraram o equilíbrio dos seres vivos, não as
presenciamos. Sabemos que aconteceram por testemunhos geológicos,
mas a humanidade não foi dizimada. Nem as pestes conseguiram o nosso
extermínio. Mas nós mesmos nos encarregaremos disso.
O
que a velocidade com que estamos afectando o equilíbrio da Terra,
sob todos os sectores, desde a atmosfera, espaço pré-sideral e, em
menor medida o sideral, a biosfera, os mares e a temperatura geral,
nos deve preocupar mais do que muito. E não é suficiente o temer o
futuro, que se aproxima mais rapidamente do que se previa unas
décadas atrás. É preciso agir hoje, com as capacidades e
responsabilidades que nos correspondem.
Já
não podemos fingir que não sabemos quanto o homem está estragando
o planeta. Não há quem possa acreditar que separando o lixo em
grupos de composição, ou seja na colaboração, pouco concretizada,
da reciclagem, já cumprimos o nosso dever, e daí poder alegar ignorância do que, constantemente, a humanidade está fazendo. Ou
seja: todos nós, inclusive os mais abandonados do globo, pois
que até eles chegou, por transferência do “primeiro mundo” a
ânsia do consumismo.
Se
reflectirmos, com sensatez e pensarmos nas gerações que nos podem
suceder, chegamos à conclusão de que é imperioso reduzir,
progressivamente até chegar aos níveis mínimos, o consumismo
sem travão.
Aquilo
que vemos e avaliamos como lixo que está estragando o planeta, desde
o ar com poeiras, gases e micro-partículas não degradáveis, até as
mais profundas fossas marinhas. São produtos químicos, descartáveis,
e não degradáveis que, camufladamente se lançam ao mar ou levam a
zonas despovoadas. É material produzido, sinteticamente, pelo homem
e que depois de usar é descartado. São muitos os artigos e produtos
que se espalham ou enterram, como se isso os eliminasse.
Quando
os cidadãos comuns nos deslocamos a um armazém para adquirir bens
alimentares ou outra espécie qualquer, carregamos com uma quantidade
de embalagens descartáveis, sempre repostas após a compra.
Isto não acontecia cem anos atrás, espaço de tempo que pouco
ultrapassa o prazo médio de vida das pessoas.
Cada
um de nós é responsável por muitos quilos de lixo, Que se devem
considerar como sendo só uma parcela do que a indústria produz. Se
a esta noção, terrorífica, juntarmos o consumo energético global,
desde o directamente pessoal até o industrial, e os gases que emitem
os meios de transporte, terrestres, marítimos e aéreos, que devem
alcançar valores alarmantes, e os dividirmos por todos os habitantes
(não proporcionalmente
porque os do primeiro mundo contribuímos com uma parcela muito
maior) podemos ficar abismados pelo que nos toca de
responsabilidade.
Sou
consciênte de que os meus pensamentos não terão qualquer efeito
sobre o comportamento das pessoas. Mas também estou convencido de
que se não alterarmos o nosso modo de vida, o futuro próximo será
tenebroso (cem anos não é
nada, mas será suficiente para confirmar o que hoje parece ser só
pessimismo alarmista) Felizmente não estaremos cá para
ver; mas alguns descendentes nos poderão acusar, e com razão.
DESEJARIA
QUE TODOS FOSSEMOS TRAVANDO O CONSUMO EM GERAL. DESDE AS PEÇAS DE
ROUPA NÃO ESSENCIAIS ATÉ A ENERGIA. DESLOCAÇÕES PESSOAIS E TUDO
AQUILO QUE NOS PAREÇA, COM RAZÃO, QUE CONTRIBUI À DEGRADAÇÃO DO
AMBIENTE.
Sem comentários:
Enviar um comentário