sexta-feira, 16 de junho de 2017

UMBERTO ECO

UMBERTO (1)

Sou leitor compulsivo de livros, e deixei de adquirir jornais dado o pouco respeito que merecem. Alem de que na internet consigo resumos que me satisfazem. A pedido da minha esposa mantenho uma excepção com o semanário Expresso, apesar de saber que nele existe uma filtragem, compreensível, apesar de que, com o intuito de dar uma colherada de mel aos desagradados, de vez quando colocam notícias e alguns comentários, poucos, que possam agradar a quem não comunga de olhos fechados, ou embebecidos, com a empresa proprietária.

Desde umas semanas a esta data leio, com muito agrado, uma compilação de crónicas assinadas e publicadas em revistas e jornais, da autoria de Umberto Eco antes de falecer (1932-2016) Muitas destas crónicas deram azo a polêmicas interessantes, e noutras ele entrou em lutas -verbais- já iniciadas por outros. Não tem desperdídio, é um regalo poder ler esta compilação. Foram impressas e distribuídas num volume com 497 páginas já após ter deixado este mundo. Chegou este livro até mim enviado pela minha filha Marta, sabedora que eu escrevo crónicas na areia molhada.

O académico pisou muitos palcos, desde a sociologia, filosofia, política nacional (italiana) e mundial, literatura, etc. Sempre de uma forma correcta e educativa. As múltiplas referências que fez induz a que nos envergonhemos da nossa ignorância e o respeitemos como de facto mereceu e merece post mortem.

É evidente que não tenho os conhecimentos nem a capacidade de síntese deste autor (2), merecidamente galardoado, e por isso não me posso lamentar de não ter seguidores. Cada um chega até onde pode e temos que aceitar o facto de que os nossos pensamentos e opiniões são daqueles que se afirma não interessam nem ao menino Jesus. (3)


1 - Respeito a grafia do seu idioma materno.
2 – Se bem que algumas das suas crónicas são extensas que mais se encaixam na classificação de ensaios.
3 – Esta frase continua a me desconcertar, pois que na doutrina católica, apostólica e romana com que fui catequizado, ou pelo menos tentaram, fiquei com a ideia, certamente que errada, que o Deus-homem ou Homem-Deus, ou simplesmente um Profeta, afirmava que ele seria o apoio de todos os desprezados. Com algumas variantes léxicas, mas sempre com a mesma mensagem, fosse dirigindo-se a doentes considerados incuráveis, pobres miseráveis, injustiçados ou qualquer outro desfavorecido. Não entendo. Sou burro de dar coices no ar.


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