quinta-feira, 25 de junho de 2020

MEDITAÇÕES – Amigos



Uma tentativa de os classificar

  • Amigos herdados A partir do dia em que nascemos é provável que fiquemos em contacto, ou até rodeados, por pessoas que se devem classificar como familiares, seja do lado materno ou paterno, amigos destes e simplesmente conhecidos, na situação de se poder transformar em fixos ou de se sumirem no nevoeiro dos dias.
  • Mais adiante chega-se a decidir que os amigos herdados não resistem em competição com aqueles que fomos encontrando.
  • Amigos da infância Logo que as pernas nos permitem orientar os nossos curtos percursos e encontrar outros infantes com idade semelhante à nossa, seja num jardim de infância, numa escola ou, em épocas e locais onde tal seja aceitável, com outras criaturas nossas vizinhas. Esta “selecção natural” de amigos, caso a família em que estamos integrados se mantiver fixa na zona onde continuamos a crescer, podem constituir uma reserva valiosa para o futuro social de cada um.
  • Amigos da escola A fase escolar, tanto no grau da primária como na secundária, e para aqueles que seguiram estudos nalgum curso, seja de grau médio ou superior, nos colocará na situação de fazer uma selecção, muitas vezes instintiva e noutras reflexo de acontecimentos e desencontros, que separará os que valorizamos como sérios possíveis amigos para o resto da vida. Uma visão bastante utópica, mas que naquela fase nos é convincente. Infelizmente aqueles que crescem com mudanças continuas de residência, de vila ou cidade, e até de País, denotam para todo o sempre a falta dos amigos de infância.
  • Início da ponderação sexual Mesmo que já nos anos da aprendizagem inicial já começamos a perceber das características físicas e comportamentais que diferem entre meninas e meninos, e mais acentuadamente quando se atinge a puberdade, já rapazes e raparigas, é natural que mesmo antes de ter uma dezena de anos no nosso haver, desabrochem as primeiras paixonetas. Dizem que existem casos em que estes amores de infância conseguem perdurar até o fim da vida. Umas vezes na memória e noutras no casamento. Uma faceta comportamental que nem sempre se valoriza como merece, mas que pode determinar muitas das nossas acções neste campo.
    - A fase de adulto, entendendo como tal quando se consegue ter alguma independência económica e um início de residência própria, mesmo que sem companheiro/a definido. Entra-se numa fase nova, favorável para a criação de novas amizades. Reconhecemos que, em casos concretos. Permanecer na casa paterna pode comportar uma espécie de prisão social, e até conduzir a sentir-se um indivíduo/a estranho naquele lar que foi seu. Passou a ser partilhado. Uma situação mental que pode induzir a que depois de passar pela porta aja como outra pessoa. Com algum exagero, pode acontecer a coexistência de duas pessoas muito diferentes dentro do mesmo corpo.
  • É a fase em que terá mais encontros interessantes, seja no trabalho ou no ambiente social que passará a partilhar e onde encontrará muitas pessoas até então desconhecidas. Habitualmente as definirá seguindo o seu instinto, que se mostrará errado ou certo se continuarem a se encontrar, falar em assuntos cada vez mais sérios.
  • Aqui terá alegrias e desgostos. Pessoas com as quais sentiu que podia congeniar, mas que posteriormente teve que afastar por serem incompatíveis. Ou o contrário: ter um mau início e com o andar da carruagem sentirem-se como gêmeos univitelinos (exagero de linguagem...).


CONTINUARÁ NOUTRO FASCÍCULO

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