Uma reclamação e as
exigências sociais
Pelos
vistos e baseando não só no que nos tem sido apontado ao longo dos
anos, os membros do género masculino tem as tendência de aliviar a
bexiga estando erguidos e apontando o canudo de saída deste líquido
amarelado, e por vezes com aroma desagradável, para uma distância
considerada como prudente. O local mais desejado é o campo aberto, e
com um certo recato, pois que toda esta área corporal do baixo
ventre é considerada como reservada, pelo menos nas situações
cívicas. A falta de um terreno livre e disponível, há quem recorra
a encobrir-se com uma árvore, um poste, um muro ou mesmo um carro
estacionado sem um ocupante que nos observe. Conseguido o vazamento
do líquido que nos pressionava, com uma sacudidela e recolocar o
canudo no seu lugar nas vestes e garantir que esta zona retoma a sua
blindagem normal, o caso fica ressolvido.
É
no lar, doce-lar, que a porca torce o rabo. Periodicamente nos chegam
“denúncias” em que se referem as porcarias que os machos tem por
hábito deixar nas sanitas depois de urinar. Pouco tempo atrás
encontrei um curto vídeo onde se mostravam as tentativas de educação
e higiene que uma mãe, só com descendentes do tipo masculino, para
que não emporcalhassem o trono e a sua envolvente, incluindo não só
a tampa como o anel que serve para pousar as nádegas. A senhora
colava papeis, com legendas de aviso, tanto na sanita como no piso
adjacente, paredes e sem esquecer o assento tipo bolo-rei gigante mas
a sua tampa.
Não
conseguiu o resultado pretendido. Em vista da impossibilidade de
alterar, educando, os instintos masculinos, decidiu mandar erguer, no
jardim, uma pequena “secreta” com porta, fechadura e chave, para
seu uso exclusivo. E que os porcalhões da família chafurdassem a
seu bel-prazer naquela imundice.
A
opção a que as damas chegam, quando não tem a mão a possibilidade
de conseguir um canto exclusivo, é a de pressionar, até conseguir,
que a tropa com canudo siga a técnica feminina. Ou seja, que não se
limite a abrir a braguilha e retirar o canudo, mas que desça calças
e cuecas, se sente, descarregue, abra o fluxo de água de limpeza, e
coloque a tampa no seu lugar.
Temos
que concordar que a opção menos “degradante” seria a de que
cada um, após não controlar o fluxo de saída do seu líquido
molesto e verificar que esguichou para onde não estava previsto, se
encarregasse, sem falhar, em limpar tudo como as normas de higiene
familiar aconselham.
Fazendo
um balanço rápido, que evitarei discriminar, recordo que são
vários os actos naturais que as boas maneiras, ou a educação
quando se está em companhia, nos estão interditos. Ou que, pelo
menos, estão mal vistos se os libertarmos socialmente. E, em geral,
nos esforçamos para cumprir estas regras.
Conclusão:
Se não formos capazes de mijar sem acertar no alvo, fica o recurso
de imitar as damas.
NOTA EXCULPATÓRIA –
Segundo me consta, apoiado em testemunhas fidedignas, as damas quando
utilizam sanitários públicos não evidenciam o respeito às normas
de higienize que exigem no seu lar.
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