segunda-feira, 22 de junho de 2020

MEDITAÇÕES – Aderir a sugestões



Uma reclamação e as exigências sociais

Pelos vistos e baseando não só no que nos tem sido apontado ao longo dos anos, os membros do género masculino tem as tendência de aliviar a bexiga estando erguidos e apontando o canudo de saída deste líquido amarelado, e por vezes com aroma desagradável, para uma distância considerada como prudente. O local mais desejado é o campo aberto, e com um certo recato, pois que toda esta área corporal do baixo ventre é considerada como reservada, pelo menos nas situações cívicas. A falta de um terreno livre e disponível, há quem recorra a encobrir-se com uma árvore, um poste, um muro ou mesmo um carro estacionado sem um ocupante que nos observe. Conseguido o vazamento do líquido que nos pressionava, com uma sacudidela e recolocar o canudo no seu lugar nas vestes e garantir que esta zona retoma a sua blindagem normal, o caso fica ressolvido.

É no lar, doce-lar, que a porca torce o rabo. Periodicamente nos chegam “denúncias” em que se referem as porcarias que os machos tem por hábito deixar nas sanitas depois de urinar. Pouco tempo atrás encontrei um curto vídeo onde se mostravam as tentativas de educação e higiene que uma mãe, só com descendentes do tipo masculino, para que não emporcalhassem o trono e a sua envolvente, incluindo não só a tampa como o anel que serve para pousar as nádegas. A senhora colava papeis, com legendas de aviso, tanto na sanita como no piso adjacente, paredes e sem esquecer o assento tipo bolo-rei gigante mas a sua tampa.

Não conseguiu o resultado pretendido. Em vista da impossibilidade de alterar, educando, os instintos masculinos, decidiu mandar erguer, no jardim, uma pequena “secreta” com porta, fechadura e chave, para seu uso exclusivo. E que os porcalhões da família chafurdassem a seu bel-prazer naquela imundice.

A opção a que as damas chegam, quando não tem a mão a possibilidade de conseguir um canto exclusivo, é a de pressionar, até conseguir, que a tropa com canudo siga a técnica feminina. Ou seja, que não se limite a abrir a braguilha e retirar o canudo, mas que desça calças e cuecas, se sente, descarregue, abra o fluxo de água de limpeza, e coloque a tampa no seu lugar.

Temos que concordar que a opção menos “degradante” seria a de que cada um, após não controlar o fluxo de saída do seu líquido molesto e verificar que esguichou para onde não estava previsto, se encarregasse, sem falhar, em limpar tudo como as normas de higiene familiar aconselham.

Fazendo um balanço rápido, que evitarei discriminar, recordo que são vários os actos naturais que as boas maneiras, ou a educação quando se está em companhia, nos estão interditos. Ou que, pelo menos, estão mal vistos se os libertarmos socialmente. E, em geral, nos esforçamos para cumprir estas regras.

Conclusão: Se não formos capazes de mijar sem acertar no alvo, fica o recurso de imitar as damas.

NOTA EXCULPATÓRIA – Segundo me consta, apoiado em testemunhas fidedignas, as damas quando utilizam sanitários públicos não evidenciam o respeito às normas de higienize que exigem no seu lar.

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