PARCA E CARONTE
Dou
como indiscutível que os, poucos,seguidores dos meus devaneios
reconhecem estas figuras mitológicas. mesmo assim deixarei umas
curtas referências.
A
Parca segundo é referido na mitologia grega, era uma das três
filhas de Zeus com Témis -aliás Zeus era danado para a
brincadeira e não desperdiçava nenhuma oportunidade de deixar
descendência- As três deidades que cuidavam do Destino dos
humanos eram Cloto, Láquesi e Atropos, que ao serem adaptadas à
canibalesca mitologia dos romanos foram reduzidos a uma só, com o
nome de PARCA, que perdurou até hoje na linguagem académica, ou
culta se aceitarmos o qualificativo, como sendo a Deusa da Morte.
Por
sua vez CARONTE, era também uma figura mitológica, mas de segunda
ou terceira categoria. Era descrito como ser um barqueiro, muito
velho e enxuto, com longas barbas brancas, que na sua pequena
lancha, com um único tripulante, ele manejando um só remo, se
encarregava de conduzir os espíritos, digamos as almas, dos
falecidos depois de devidamente sepultados.
Os
recolhia na margem da lagoa Estíge e os conduzia até
o local onde deveriam aguardar o fim dos tempos. Não eram iguais
os destinos, e era Caronte quem decidia, em função do pagamento
que vinha com cada um dos cadáveres. Isto implicava que os
parentes do falecido tivessem a função de colocar uma moeda na
boca do defunto, debaixo da língua, para que com ela pudesse pagar
o barqueiro Caronte. Quem não pagasse ficava errabundo nas margens
do lago durante um tempo de cem anos mitológicos.
Esta
figura perdurou até muito tarde no imaginário e na literatura,
sendo muito conhecida a referência que Dante lhe fez no seu canto
primeiro do seu Inferno.
Sendo
eu um ateu incorrigível, mesmo que reconhecendo que a Parca já me
fisgou, gostaria de poder pregar uma inocente partida a Caronte.
Que quando procurasse o seu estipêndio debaixo da minha língua,
se deparasse com uma daquelas fichas de plástico com que se podem
utilizar os carrinhos nos hiper.
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