domingo, 15 de setembro de 2019

MEDITAÇÕES - Um erro a evitar




Querem Concelhos e não Conselhos

É muito importante entender o que está implícito no cabeçalho. Por Concelhos, apesar de que nomeadamente correspondem a oferecer a presidência duma Câmara Municipal, deve-mos interpretar como uma das muitas benesses que se oferecem a colaboradores de terceira linha, e que se pretende ficarem satisfeitos com as possibilidades de agir (incorrectamente) que o posto lhes aufere mas, em contrapartida, estarem afastados dos corredores do poder nacional, e nem sequer terem entrada na ante-sala do Parlamento, naquele espaço que também se adjectiva como ser o corredor dos passos perdidos.

Na maior parte dos casos o beneficiado com esta mordomia nem sequer necessita de abanar a árvore para colher frutos. Serão outros os que lhe apresentaram as açafates cheias de apetitosos petiscos, habitualmente de imediato monetários ou com um potencial de serem rentáveis a longo prazo. Todavia há cidadãos que não se satisfazem com esta potencialmente eterna mercê. Julgam que foram ungidos, por um Deus qualquer, à escolha entre os muitos disponíveis, para singrar mais alto.

Os humanos, entre outras características, tem a de ser bi-polares, ou mesmo sem carecer de apoio psiquiátrico, passam por fases opostas, e com duração não equivalente, onde numas sentem-se derrotados sem remédio, consideram-se como inúteis, incapazes, incompetentes, e simplesmente sempre inadequado seja para o que for. Na faceta oposta sobre-valoriza-se, sente-se altivo, orgulhoso, vaidoso, em suma cai naquela famosa situação de que vaidade e água-benta, cada um toma a que quer. (isto já não é bem assim: a disponibilidade de água-benta foi severamente restringida)

Tanto os que se encontram num o noutro dos pólos que auto-qualificação, estão em risco de tombar por não se ajustar à realidade. Cada pessoa tem um potencial determinado, que raramente é ponderado correctamente pelo próprio.

Os que se auto-qualificam-se num nível, imaginário, que não coincide com aquele que decidiram os seus parceiros de equipa, e que o colocaram naquele posto de potencial não desprezável, não se percatam de que, os que o controlam de longe, os seus amigos que está tentando ultrapassar, tem à sua disponibilidade o tanto o de lhe poder abrir um caminho, que ele pensa ser o que merece, como também a alavanca do alçapão que o ata à corda que traz ao pescoço. Ou seja, tanto o podem encumbrar, se assim o entenderem lhes ser rentável, como o deixar cair em três tempos.

A mensagem que esta dissertação transmite é simples: o pior inimigo, aquele que nos pode dar a facada mortal (figuradamente, como é evidente) é aquele que nos declarou ser o seu eterno amigo, o que podia contar sempre como o apoio seguro. É da história!

E chegou ao momento de dissertar acerca de CONSELHOS.

Pouco há que dizer se formos sensatos. Quando alguém, eu ou você, por exemplo, num momento de extrema debilidade mental, caímos na tentação de dar um conselho a um amigo/a, sem que este nem sequer tenha insinuado que o pedia, arriscamos a errar. A ser banidos pela pessoa que queríamos ajudar, porque a sugerência de acção não coincide com aquilo que já tinha previamente decidido. Provavelmente, o nosso atrevimento, cheio de boas intenções, -que se diz terem enchido o inferno até transbordar, antes de este local de castigo ter sido desactivado por alguém capacitado para tal- não só terá um efeito oposto ao que, boamente, se pretendia, como pode conduzir ao afastamento irreversível daquele amigo/a.

Corolário: Antes de dar um conselho, mesmo que tendo sido requerido, pensar duas, três vezes. E depois ter uma saída tangencial para não ficar mal.

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