OS
CONSERVADORES NÃO ARREDAM
Ontem,
nos noticiários. foi referido que, no seio da Igreja Católica
Apostólica e Romana, e nomeadamente na sua sede vaticana, onde proliferam libertinos e pederastas, existe um
movimento que luta para denunciar o actual Papa por ser
excessivamente social, e até o qualificam de comunista. Curiosamente
recordo ter ouvido e lido, em tempos pretéritos, alguns comunistas
afamados e encartados, que afirmavam que Jesus da Nazaré foi o
primeiro comunista.
Atendendo, limitando-nos à sociedade dita civil, existem velhacarias cometidas por ambos lados deste espectro, nomeadamente
os ultra-conservadores e os ultra-revolucionários. Sucede, porém, e que este Papa, ao contrário dos anteriores, provêm da população
do hemisfério Sul -e Central por estarem em condições sociais
iguais, equivalente e até, em muitos casos piores-, não pode
fechar os olhos aos abusos cometidos sob a protecção da Igreja.
Muitos deles directamente por membros do clero, tanto secular como
purpurado.
Devemos
admitir que sendo este Papa, membro da Ordem dos Jesuítas, voluntariamente tomou o nome de cartaz de Francisco, por se sentir
ligado à doutrina propagada e efectivada por São Francisco o tal
que criou uma ordem mendicante e cujos membros deviam dedicar-se não
só à oração -que se podia considerar um sacrifício de
benefício directo-, mas, principalmente a ajudar os mais
necessitados. Não foram os únicos, nem tampouco Francisco de Assis foi totalmente original. Mas a estrutura, anquilosada e extremamente
conservadora da Igreja, sempre preferiu estar de mão dada com o
poder factual e, por arrastamento, com o poder económico. Mesmo na Rússia comunista a igreja, ortodoxa, mas cristã, não
se alheou totalmente do poder. “Sacrificaram-se ?”
Algumas
coisas já se actualizaram no “espectáculo” que se instalou na
Igreja. Entre outros capítulos importantes, que até poucos anos atrás eram basilares, já não se passeia o Papa sentado num andor carregado por
fieis (ou contratados. Quem garante? Haverá.como nas procissões
andaluzas, voluntários desejosos de conseguir a salvação e outros
que necessitam do que lhes pagarem em numerário pelo trabalho. E é mesmo assim!)
Mas as cedências de protocolo não se aceita que influenciem a noção
de ética e pecado de que muitos dos seus membros aderiram e querem
manter.
Não
sendo eu crente, em nenhum credo, considero que as “religiões”
que actualmente estão criando prosélitos aos magotes, além de se
aproveitarem da ignorância das pessoas e do instinto, sempre
presente, de acreditar num ente superior, invisível protector e
simultâneamente com vocação de punir, tem à cabeça indivíduos
bem inteligentes e desprovistos de respeito pelos outros, que se
aproveitam do desfasamento actual da Igreja Católica.
Curiosamente
não é a primeira vez na história do mundo ocidental em que o
excesso de conservadorismo da Igreja Católica abriu portas para
surgirem cismas, que além de se fixaram continuam crescendo e até
gerando novos rebentos, mais ou menos abastardados.
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