E
A CARAVANA LADRA !
E uma visita ao Convento de Odivelas
Esta
famosa sentença, não aparece no catecismo dos dominicanos. Um
falhanço, e espectacular ou especular se for olhado com aquele
aparelho que serve para espreitar os interiores de dentro, que por
acaso não coincidem com os interiores de fora, pelo simples facto de
que estes nem sequer existem.
Difícil
de observar e de entender é o interior da crusta terrestre, embora se
considere provado que logo abaixo da camada onde nos, animais
mamíferos, e outros parceiros nesta Arca, podemos conviver com outras espécies e plantas, -que sem
dúvida são seres vivos- existe um mundo que não nos é acessível,
onde as temperaturas atingem o ponto de fusão de todos os minerais e
rochas. Por profundas que sejam as grutas onde os espeleólogos
andam, nunca nenhum deles abriu a porta do magma. Ou se a abriu não
conseguiu voltar para o contar no convívio com os vivos. A acontecer deve ter ficado mais
esturricado do que o São Lourenço, ou os modernos cadáveres deste
ocidente que, à semelhança dos hindus da península indostânica,
são cremados e assim reduzidos aos componentes iniciais.
Concretamente está-se actualizando aquela máxima indiscutível de
que do pó viemos (ou do barro moldável segundo reza o Antigo
Testamento) e para o pó voltaremos. Esta dose de "lixo" que as funerárias entregam aos familiares, o mais normal é que algum deles se encarregue de despejar nalgum lugar considerado "idóneo", num local onde for permitido (?), no mar, num rio, clandestinamente ou num contentor para reciclar (que seria o mais lógico, mas pouco charmoso) No norte da Itália é fácil voltar ao Pó; basta
aproximar-se do dito cujo Rio e ala!, que se faz tarde. Vai navegar
meu querido/a!
E
assim, como quem diz sem dar por isso, já chegamos à alarmante
previsão de que as águas vão subir de nível e certamente de
preço, tanto as do cano e contador como as engarrafadas. Mas são as
dos Oceanos, Mares, Lagos, Portimões, Taviras, Aveiros, Lagoas e
adjacentes que nos preocupam, por subirem de nível e deixarem os terráqueos com menos área
útil para estragar por decisão própria. Não está certo! A
Natureza decidiu competir com a mais evoluída criatura moldada por
Deus.
E a seguir? Ficaremos, uns poucos, ao Deus Dará, recordando
que este nosso Deus, que nos oferece pão quotidianamente, é famoso
por dar com uma mão e tirar com a outra. A sorte nossa é que Deus
não seja um cefalópode, pois com muitos braços e com muitas mãos
não nos safávamos. Toda
a costa vai ficar debaixo da água. Em compensação terão entrada,
perpetua, na divisão de honra, no pólo aquático e natação
artística sincronizada.
Ignoro qual o vento que me soprou da urgência de referir a famosa HONRA DO CONVENTO. E só me ocorreu que o convento em questão deveria tratar-se, sem dúvida, do Convento de Odivelas. (**) Famoso em Portugal e parte do estrangeiro de fora pelo
facto de que ali o Rei D. João V, tinha o seu Couto Real de caça às vaginas,(***) todas sempre de boas famílias, dedicadas, em princípio, a casarem em regime de
poligamia com o Deus Filho (sim
porque os Deus pai já não está para estas aventuras, devido a
problemas com a próspera. Mas mantém um interesse científico sobre
estes temas da procriação e variantes. Gosta de espreitar por um
triângulo as actividades eróticas das suas criaturas humanas)
Regressando
a Odivelas e seu convento de retiro monárquico, o Rei D. João V,
famoso mulherengo e simultâneamente religioso, -tanto assim foi que
só aceitava a freiras como suas amantes- Junto com os seus
compinchas fidalgos que iam molhar a sopa, ou o seu
gregório* com as freiras devotas, descalças de pé e perna ou com
sandálias, fossem elas novas estreadas ou adultas em bom estado, mas nunca
excessivamente velhas (pois
não se faziam plásticas de rejuvenescimento naquele então)
Todavia sabe-se que aquele grupo de linhagem impoluto escolhia, de
preferência as noviças, com a ressalva de que estas rolas só se
podiam degustar depois de servirem as primicias ao monarca, e sempre
sob o estrito controle da abadessa ou madre superiora, que era a
patroa daquele lupanar real.
A
Madre Superiora do Convento de Odivelas, de nome Paula Teresa da
Silva e Almeida, deu frutos bastardos a D. João V: D. António, D.
Gaspar e D. José, para os quais mandou construir o Palácio dos
Meninos da Palhava (hoje ocupado pela residência do Embaixador de
Espanha). À Madre Paula concedeu uma trança anual de 210 mil réis anuais, pagos em duas prestações, por São João e no Natal. Também
o pai, Adrião de Almeida, neto de um soldado alemão, e ourives de
profissão, recebeu alguns dotes e prebendas, entre elas um hábito religioso honorífico (por ser pai da amante real)
O negócio do Brasil dava para tudo, mas não para todos... Sempre foi e será assim.
*
Gregório: sinónimo de pénis
**
Quem estiver interessado em mais pormenores sobre este tema pode
procurar no Google MOSTEIRO DE ODIVELAS
Sem comentários:
Enviar um comentário