terça-feira, 5 de novembro de 2019

MEDITAÇÕES – O tempo passa...



E A CARAVANA LADRA !

E uma visita ao Convento de Odivelas
  
Esta famosa sentença, não aparece no catecismo dos dominicanos. Um falhanço, e espectacular ou especular se for olhado com aquele aparelho que serve para espreitar os interiores de dentro, que por acaso não coincidem com os interiores de fora, pelo simples facto de que estes nem sequer existem.

Difícil de observar e de entender é o interior da crusta terrestre, embora se considere provado que logo abaixo da camada onde nos, animais mamíferos, e outros parceiros nesta Arca, podemos conviver com outras espécies e plantas, -que sem dúvida são seres vivos- existe um mundo que não nos é acessível, onde as temperaturas atingem o ponto de fusão de todos os minerais e rochas. Por profundas que sejam as grutas onde os espeleólogos andam, nunca nenhum deles abriu a porta do magma. Ou se a abriu não conseguiu voltar para o  contar no convívio com os vivos. A acontecer deve ter ficado mais esturricado do que o São Lourenço, ou os modernos cadáveres deste ocidente que, à semelhança dos hindus da península indostânica, são cremados e assim reduzidos aos componentes iniciais. 

Concretamente está-se actualizando aquela máxima indiscutível de que do pó viemos (ou do barro moldável segundo reza o Antigo Testamento) e para o pó voltaremos. Esta dose de "lixo" que as funerárias entregam aos familiares, o mais normal é que algum deles se encarregue de despejar nalgum lugar  considerado "idóneo", num local onde for permitido (?), no mar, num rio, clandestinamente ou num contentor para reciclar (que seria o mais lógico, mas pouco charmoso) No norte da Itália é fácil voltar ao Pó; basta aproximar-se do dito cujo Rio e ala!, que se faz tarde. Vai navegar meu querido/a!

E assim, como quem diz sem dar por isso, já chegamos à alarmante previsão de que as águas vão subir de nível e certamente de preço, tanto as do cano e contador como as engarrafadas. Mas são as dos Oceanos, Mares, Lagos, Portimões, Taviras, Aveiros, Lagoas e adjacentes que nos preocupam, por subirem de nível e deixarem os terráqueos com menos área útil para estragar por decisão própria. Não está certo! A Natureza decidiu competir com a mais evoluída criatura moldada por Deus. 

E a seguir? Ficaremos, uns poucos, ao Deus Dará, recordando que este nosso Deus, que nos oferece pão quotidianamente, é famoso por dar com uma mão e tirar com a outra. A sorte nossa é que Deus não seja um cefalópode, pois com muitos braços e com muitas mãos não nos safávamos. Toda a costa vai ficar debaixo da água. Em compensação terão entrada, perpetua, na divisão de honra, no pólo aquático e natação artística sincronizada. 

Ignoro qual o vento que me soprou da urgência de referir a  famosa HONRA DO CONVENTO.  E só me ocorreu que o convento em questão deveria tratar-se, sem dúvida, do Convento de Odivelas. (**) Famoso em Portugal e parte do estrangeiro de fora pelo facto de que ali o Rei D. João V, tinha o seu Couto Real de caça às vaginas,(***) todas sempre de boas famílias, dedicadas, em princípio, a casarem em regime de poligamia com o Deus Filho (sim porque os Deus pai já não está para estas aventuras, devido a problemas com a próspera. Mas mantém um interesse científico sobre estes temas da procriação e variantes. Gosta de espreitar por um triângulo as actividades eróticas das suas criaturas humanas)

Regressando a Odivelas e seu convento de retiro monárquico, o Rei D. João V, famoso mulherengo e simultâneamente religioso, -tanto assim foi que só aceitava a freiras como suas amantes- Junto com os seus compinchas fidalgos que iam molhar a sopa, ou o seu gregório* com as freiras devotas, descalças de pé e perna ou com sandálias, fossem elas novas estreadas ou adultas em bom estado, mas nunca excessivamente velhas (pois não se faziam plásticas de rejuvenescimento naquele então) Todavia sabe-se que aquele grupo de linhagem impoluto escolhia, de preferência as noviças, com a ressalva de que estas rolas só se podiam degustar depois de servirem as primicias ao monarca, e sempre sob o estrito controle da abadessa ou madre superiora, que era a patroa daquele lupanar real.

A Madre Superiora do Convento de Odivelas, de nome Paula Teresa da Silva e Almeida, deu frutos bastardos a D. João V: D. António, D. Gaspar e D. José, para os quais mandou construir o Palácio dos Meninos da Palhava (hoje ocupado pela residência do Embaixador de Espanha). À Madre Paula concedeu uma trança anual de 210 mil réis anuais, pagos em duas prestações, por São João e no Natal. Também o pai, Adrião de Almeida, neto de um soldado alemão, e ourives de profissão, recebeu alguns dotes e prebendas, entre elas um hábito religioso honorífico (por ser pai da amante real)

O negócio do Brasil dava para tudo, mas não para todos... Sempre foi e será assim.



* Gregório: sinónimo de pénis
** Quem estiver interessado em mais pormenores sobre este tema pode procurar no Google MOSTEIRO DE ODIVELAS

***  O outro couto real de caça estava anexo ao Mosteiro de Mafra, que D. João V mandou construir como promessa de ter um filho macho da Rainha. Hoje A TAPADA DE MAFRA.

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