GAGOS
NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Um
problema da fala que é tão incómodo para quem o padece e sofre
como para quem o ouve. E por ser relativamente frequente -até
dizem pode ser congénito- encontrasse referenciado nos clássicos ocidentais. Gregos e Latinos tentaram resolver esta situação, em especial quando afectava a personagens
que destacavam pelas suas opiniões e por isso mesmo eram procurados
a fim de os ouvir. O remédio, de sucesso duvidoso, que nos surge na
memória era o de proporem ao discursante que colocasse uns pequenos
seixos na boca já antes de iniciar a sua palestra.
Entre
nós o tema voltou às páginas e comentários após a eleição de
uma deputada que, quando se enerva, não consegue debitar o seu
pensamento de uma forma contínua, ou seja, que gagueja, tal como
lhes acontece normalmente a quem padece deste problema.
Por
muitas recomendações, do tipo social, que se façam entre aqueles
que, por reflexo, também se enervam, se sentem incomodados, quando
sujeitos a ouvir e interpretar alguém que “fala às prestações”
(e dizem que deve cantar “a pronto”)
o instinto animal, que insiste em surgir de vez em quando, nos
pressiona a rejeitar esta pessoa. A fazer ouvidos moucos ou a
virar-lhe as costas o mais discretamente que for possível.
Obviamente esta não é uma solução eficaz para o problema pessoal
de quem o sofre.
E
haverá uma terapêutica da fala que consiga eliminar esta sintomatologia? Parece que existem algumas técnicas, não invasivas,
que podem ser eficazes. Para quem esta situação, problemática, o
preocupar, mesmo que não a sofra pessoalmente, sugerimos que procure
documentar-se com paciência e tentativas persistentes. Há bastantes
textos disponíveis, e um deles, que encontrei após vários
fracassos, é:
SANDRA
MADALENA ESTEVES DE LIMA
Gaguez:
estudo de caso.
Monografia
apresentada na Universidade Fernando Pessoa, para tese de
licenciatura.
Porto
2009
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