quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

BRICOLAGE CASEIRO



O PROBLEMA ESTÁ NO COMEÇAR

Desde rapaz e por ser o filho mais velho entre três, além de que sempre tive vocação para me meter em trabalhos manuais, umas vezes com resultados aceitáveis e noutras, mais, deixados inacabados por me encontrar num beco sem saída, fosse por falta de conhecimentos “profissionais” ou por não ter disponíveis os materiais e utensílios considerados, já não digo como idóneos, mas pelo menos ao nível de segunda ou terceira opção. Por exemplo. Nem tudo se conseguia levar avante com recurso a um pequeno canivete ou de um martelo e uma faca de cozinha.

Já adulto e no estatuto de “cabeça de casal” como se considerava naquele então, comecei a compor uma caixa de ferramentas, ao nível dos mínimos. Um minimalista excessivamente abrangente pois se, de entrada incorporei um berbequim eléctrico, depois não foi possível deixar de me presentear com lotes, cada vez maiores, das ferramentas de mão que, numa série progressiva e ininterrupta de auxiliares, sempre em consequência de enfrentar novas tarefas, sempre urgentes, e consideradas como de fácil execução e, às quais tinha que enfrentar.

Como exemplo de uma das necessidades imediatas e difíceis de completar, posso dar a similitude com as colecções de cromos de quando rapaz. Mas com a diferença importante, quase trágica, de que não era possível recorrer a troca de repetidos, é a inocente chave de fendas. Que não é tão simples como nos parece à primeira vista, pois sistematicamente surgem necessidades que exigem conseguir um utensílio específico. Inicialmente imaginamos que com uma chave de tamanho médio estávamos equipados para o que der e vier, Ah Ah! Querias...

Inicialmente tentamos avançar no confronto com um parafuso qualquer, que era preciso retirar ou apertar. Se a chave de que então dispúnhamos não encaixava perfeitamente com a fenda do parafuso o problema já encravava, pois que quase sempre ou se dava cabo da fenda ou da ponta da chave. A falta de experiência nos conduzia a ponderar como ser solução, quase que milagrosa, uma chave com pontas permutáveis. Dormem no fundo da caixa, com algumas pontas extraviadas ou estragadas, com a agravante de que o punho nem sempre tem a dimensão adequada ao esforço que se deve aplicar.

Não demoramos a decidir que para enfrentar situações de pouca monta no domínio da electricidade caseira era indispensável dispor do chamado “busca pólos”, pois não é agradável manipular fios sem saber se estão em carga.

As solicitações especiais não terminam aqui. Cada dia nos deparamos com novas condições de accesso ao parafuso especial, seja que só recebe uma chave de estrela determinada ou, mais recentemente, com uma cavidade de faces múltiplas que só reage com uma chave especifica.

Continuará ?


Sem comentários:

Enviar um comentário