quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

BRICOLAGE CASEIRO 2



No capítulo de chaves

Deixamos esta divagação sobre trabalhos caseiros e as ferramentas ou utensílios necessários para tentar resolver ou simplesmente remediar com meios próprios alguns dos problemas que, quase todos os dias, nos aparecem pela frente, ou nos são comunicados quando se chega ao lar depois de um dia de trabalho, ao qual se junta o calvário da deslocação pendular de casa ao trabalho e regresso.

Nesta problemática que nos coloca numa situação semelhante à que se definiu para Sisifo ou Penélope , ficamos sempre perante a pressão de tentar uma solução, nem que seja atamancada, porque o recurso a profissionais do ramo pertinente, além de cada vez ser mais difícil de conseguir, nada nos garante um bom serviço, a não ser quando podemos contar com algum conhecido que nos tenha atendido com satisfacção. E quanto nos vai custar o arranjo do autoclismo? Ou das torneiras que teimam em pingar ou negam-se a nos servir a água quente ou fria?

O esquema que tentamos seguir é, principalmente observar o que e como faz o profissional que nos acode. Vemos que ferramentas utiliza e as peças que nos diz ter que substituir. A seguir surge a conta, que temos que pagar sem resmungar. Daí a decisão heróica de considerar que com as ferramentas adequadas também seriamos capazes de dar solução ao problema. Hei valente! Só que do dito ao feito vai sempre um bom trecho.

A partir desta promessa de capacidade vem a decisão de verificar que conjunto de ferramentas temos que nos permitam enfrentar as tarefas mais elementares da canalizações e torneiras. Mais chaves!

Desta vez terão denominações específicas: de boca, de luneta, direitas ou de ângulo, de griff, e cada uma delas para um tamanho de ataque especial. E deixamos para outra ocasião as chaves de roquete e as de cabeça sexavada. As reguláveis, como as que conhecemos como inglesas ou francesas nem sempre cumprem a sua função devidamente, nomeadamente quando a chave tem que se ajustar perfeitamente à porca. São muito difíceis as relações entre chaves e porcas. Mesmo semelhantes, digamos primas entre si, podem saltar ou desgastar os ressaltos das porcas e as inutilizar.

Mexer ou substituir peças de uma torneira ou o conjunto completo não é tarefa para amadores resolver no primeiro assalto. São muito manhosas, e existem muitas juntas e vedantes defeituosos que surgem ao ir desmontando. O canalizador traz com ele uma colecção das peças mais simples,de reserva, na sua maleta. Lá temos que ir para a rua com o propósito de encontrar uma loja que tenha e venda estas peças, que tanto pode tratar-se de juntas ou vedantes como de um conjunto de castelo completo. E quem nos atendeu até pode ser um samaritano, e nos elucide de que devemos munir-nos de fita de teflon, linho e massa de alvaiade apropriada, se o trabalho implicar substituir uma torneira completa.

Antes de que tenham uma síncope ou se considerem ineptos totais, é pertinente que isto de arranjar ou reparar canos e torneiras não é uma brincadeira de crianças. Mas se por um lado aceitamos que ser um habilidoso, mesmo trapalhão, nas lides de arranjos caseiros, posso garantir que depois de alguns insucessos TODOS temos que chegar a adquirir um mínimo suficiente de capacidade semi-profissional. Sem esquecer que vai custar sangue, suor e lágrimas contidas, mais alguns dedos pisados e arranhadelas remendadas in loco com fita isoladora, que de facto serve perfeitamente em 95 % das vezes.

Fechaduras, chaves e cadeados !

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