quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

MEDITAÇÕES - Entre o anjo e o diabo

Na minha longínqua infância recordo vivências que, hoje, considero que tinham um propósito que naquele então não vislumbrava. É a fase da nossa vida em que a presença da mãe e da escola nos vão moldando para o caminho que nos espera.

Recordo que para nos moldar para vir a ser uns membros idóneos da cidadania era pertinente, imperioso, levar-nos a meditar sobre o que poderia ser correcto ou deplorável. Um dos esquemas utilizados era a dicotomia entre o bem -personificado como um anjinho imaculado e o mal, este como um diabo, vermelho -como um comunista!- cornudo, com cauda terminada em ponta de lança e munido de um tridente à laia do que usava o Deus Neptuno, dono das águas marítimas.

Mais adiante voltamos a encontrar estas figuras opostas, mas igualmente definidas a preceito, mas sempre com a intenção de fazer das pessoas uns entes correctos. O que nem sempre se consegue. E, para mais desânimo, até aqueles que nos deixam uma imagem muito positiva sempre surgem ocasiões em que se salta o risco. É assim a nossa vida. Nem sempre nem nunca.


Aquilo que me incitou a escrever, e de que estava perdendo o fio da meada, era sobre a influência nefasta que os grandes, médios e até pequenos, interesses tem um poder de persuasão e de captação de prosélitos que não questionam abandonar as suas convicções de ser “bom cidadão, respeitador e honesto” para aderir aos cantos de sereia, ou melhor dizendo, ao abanar de maços de dinheiro vivo, e passar a ser mais um velhaco.


Dito isto. Cruamente, mas até sem carregar nas tintas, admito que entre aqueles que tinham uma imagem, até merecida, de honorabilidade, os há que não conseguem resistir às tentações e às promessas de poder vir a ter uma boa conta bancária, só por dar alguns jeitos, em prejuízo do bem comum. Deve ser muito difícil manter-se firme. Mas tal decisão implica, certamente, o abandonar o lugar que jurou (ou não) ocupar com lealdade e honestidade. Há exemplos. Poucos e nem sempre totalmente credíveis.


NÃO 

NÃnNÃO É SÓ A CARNE QUE É FRACA. A MENTE TAMBÉM PECA DO MESMO 


N


Sem comentários:

Enviar um comentário