terça-feira, 26 de janeiro de 2021

MEDITAÇÕES – Comentários.

 

MEDITAÇÕES – Comentários.

Confesso, sem pudor que todos os dias anseio para que alguém se chegue à janela e diga o que pensa, ou o que comente sem se preocupar acerca do que os “outros” gostariam?

Mas este desabafo respeita ao meu espaço pessoal, nestas Vivências. Hoje, porem, o que pesa é a ressaca do que se contabilizou no domingo. O mais alarmante e triste é que aquilo que se destacou, entre outras não-opções, foi o caso Ventura.

Um populista-demagogo ao estilo, já ultrapassado, do Mussolini e do Hitler, entre outros igualmente perniciosos, é que diz, insiste, repete, e magnifica todos os impropérios que chegam à sua efervescente mioleira. Sabendo, ele, que o momento de crise múltipla que a população sofre, sem ilusões de que possa terminar em breve, e até na descrença de que nem se recuperará de imediato o baixo nível anterior, lhe ouve atentamente e saboreia como mel, todos os seus dislates.

Analisando, sumariamente, os resultados deste último acto eleitoral chega-se, de imediato, à conclusão de que o eleitorado, na sua maioria, agiu como se em vez de eleger um nosso Presidente, um representante idóneo perante o exterior tivesse que eleger um novo governo ou um presidente da junta de freguesia. Não se ponderou, devidamente, o que se ia votar!

Abstraindo da propensão do Professor na sua distribuição inesgotável de beijinhos, abraços, meiguices e outros afectos sem efeito positivo, entre todos os concorrentes só ele merecia o voto maioritário. o Professor. E, felizmente, foi o que aconteceu.

Todavia é de salientar, com sumo desânimo, que, como sempre acontece, a “malta” -que infelizmente inclui muita gente aparentemente culta ou, em princípio, quase culta- gosta. Aplaudem sempre e agarram nos seus insultos -tantas vezes sem uma argumentação defensável- mas sempre escondendo-se atrás do anonimato, poder verter o fel que a situação e os mandantes lhe colocaram pelo esófago acima.

Admito que o historial e o meio social onde se criou e mantêm o Professor -nem que seja in péctore- assim como o seu comportamento, sempre dentro da legalidade, mas excessivamente prudente, é propenso a ser criticado, apesar de que se justifica afirmando que os seus poderes de acção são muito limitados, e até drásticos de onde se conclui que não se deve imiscuir na governação. Mesmo assim valoriza-se a Presidência como sendo um porto de apoio, consentido, para não se afundar a governação.

A fase ininterrupta de decadência económica que se vive desde décadas não tornava previsível, nem possível, uma reviravolta. Recordemos que tudo aquilo que existia de valor no País foi vendido para forasteiros, dando como garantias uma sociedade imóvel e progressivamente mais afastada da evolução europeia. O mais triste, dentro de todas as desfeitas, é que os Judas que “negociaram” as transferências só se preocuparam em poder garantir umas recompensas pessoais. E, em bom português, o resto que se lixe. Já estão habituados.

Para terminar surge-me uma pergunta, cuja resposta tenho na ponta dos dedos , mas que custa explicitar: Será que os que, num impulso de revolta, votaram para colocar alguma “personagem” no lugar de Presidente da República, discorreram sobre se tinha um “perfil” que possa representar, decentemente e correctamente, este País com tantos anos de história encima?

1 comentário:

  1. I.P.

    isabel pires
    12:19 (há 19 minutos)
    para Teresa, Francisco, jorge.monica938, Albino, Antonio, mim

    Gostei e concordo contigo!!
    A título de curiosidade...
    Houve uma pessoa que me disse, com algum orgulho, que tinha votado no "chega para lá..." Eu não resisti á tentação de perguntar porquê...
    Resposta imediata:
    Porque não gosta de ciganos e eu também não... 🥴🥴🥴
    e ainda acrescentou, olhe que ele ganhou muitos votos á custa disso...
    Conclusão!!!
    Não gostar de ciganos "implica" ser um bom Presidente da República...
    Ou será que nem lhes ocorreu que estavam a eleger o PR de Portugal...
    🤔🤔🤔

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