quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

MEDITAÇÕES- A polémica dos brasões

 

Um assunto que só posso tocar com pinças, e com luvas cirúrgicas. Sem esquecer a máscara...


UMA POLÉMICA DISPENSÁVEL

A decisão de retirar, nos jardins da Praça do Império, os brasões das então colónias e posteriormente províncias ultramarinas, e nos dias que correm são países independentes, tem gerado uma polémica que não parece leve caminho de se poder terminar a contento de todos.

Deixando de lado, porque o tempo não volta para trás, -como pedia o Mourão na sua cantiga, com bastante êxito na sua altura- o facto de como se chegou a encomendar o projectar e executar os tais brasões. Como se sabe era uma das várias acções que estavam inclusas nos festejos produzidos pelo regime do Estado Novo, na remodelação da franja do lado direito da foz do Tejo que terminava na requalificação (merecida) da Torre de Belém.

Como, provavelmente, a selecção das imagens, simbólicas, que deveriam figurar em cada um dos brasões, não foi decidida após uma ampla consulta popular entre a população de cada uma daquelas áreas a brasonar. È notório que o tema pode atingir um nível de guerrilha com pouco sentido neste século. 

Uma ideia maluca que me ocorreu, -e que não creio que alguém a considere como interessante e factível- seria o da “passar a bola” aos embaixadores destes novos Países, acreditados em Lisboa, a fim de que possam dar o seu parecer. For ele como aval de continuarem no locar onde ainda estão implantados -ou estiveram durante décadas- ou de os apagar de vez. Ou seja, a sentença passaria a ser dos visados e não de um departamento camarário que qualquer cidadão pode criticar, independentemente de ter razão ou não.

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