sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

MEDITAÇÕES - Esta humidade

Não é fácil domesticar o clima 

Não sei se de facto é consequência da humidade ambiental, que o higrómetro mostra estar além dos 100%, o que equivale a dizer que teremos que mudar de roupa e vestir os calções de banho, nem que seja indo até Cascais e fazer uma despir/vestir na praia dos pescadores, à maneira do Tio Marcelo. E ir treinando a possibilidade de respirar pelas guelras, que não tardarão a surgir, junto ao pescoço.

Seja como for, apesar de que não chove, o céu está de um plúmbeo umas vezes escuro e outras em semiopaco, como aqueles gelados que não são bem, mas que se qualificam de semifrios. Há mais coisas em nosso redor, e inclusive muitas pessoas, que estão no domínio do que se diz “nem carne nem peixe”, e acrescenta-se: “antes pelo contrário”. Umas ambiguidades que não nos satisfazem.

Ocasiões há em que, perante as imprecisões o nosso instinto de defesa decide criticar, gozar, escarnecer. E assim disfarçar a carência de compreensão.

Deixando de lado as elucubrações inócuas e voltando à desagradável atmosfera que nos rodeia, é de bom senso referir que o forçar, uma elevação da temperatura do ar que nos envolve dentro do habitáculo, com o auxílio de aparelhos de consumo energético é, além de prejudicial para as bolsas, um artifício de alcance limitado, e por vezes até pernicioso, pois que ao ultrapassar a barreira, invisível, do conforto artificial e entrar no espaço imediatamente contíguo, não só nos bate na cara, e no corpo em geral, a situação climatérica de que queremos escapar mas, nos arriscamos a que esta mudança facilite a investida de algum vírus com um grau de malignidade concreto e por sinal invisível a priori.

O que posso, e devo, declarar, é que não se pode optar por tarefas voluntárias porque o desânimo está em grau superlativo. O corpo pede moleza, dolce far niente, com a convicção de que os agasalhos não são totalmente eficazes. Se calhar uma vestimenta ao estilo esquimó – fresquinho, seria recomendável.

Após estas lamentações, inúteis mas não descabidas, surge a dúvida de se a languidez, moleza, quebranto ou como lhe quisermos denominar será aquilo que alguns comentadores referem como um dos sintomas que aparecem quando a pessoa foi atacada pelo Covid 19, 20, 21, …. quando aparece este número sempre salta à minha memória a associação com o nome João. Deve ser por estar numa placa viária.


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