quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

MEDITAÇÕES – Nem nos damos conta

 

A evolução das espécies é notável

Creio, e posso estar totalmente errado, que há muitos pormenores no que nos rodeia, e até em nós mesmos, que levamos um tempo demasiado longo em advertir. E são muito importantes!

Um exemplo que temos sempre disponível é o facto de que o arco dentário da maxila inferior tem um raio notavelmente maior do que o arco superior. De imediato verificamos que um deles, o superior, é fixo, e está condicionado pelo crânio. O inferior, é móvel, não só num eixo vertical (sobre e desce) como tem um importante movimento lateral.

Conhecemos a nomenclatura com que se identificam os dentes, em relação com a sua função. Os centrais, frontais, são conhecidos por incisivos, e a sua função é a de cortar, logo a seguir, de um lado e outro, aparecem os caninos de forma bicuda, que nos são comuns aos felinos e outros animais carnívoros, seguem-se os pré-molares, que se utilizam para um primeiro esmagamento dos alimentos. Os últimos da série são os molares, cuja função é a de ultimar a preparação fina da papa que iremos engolir.

Cada sector da dentição tem a sua função e aqui reside a importância do movimento lateral da maxila inferior, Para “moer” não basta esmagar, pressionado sempre sobre as mesmas partículas. Até no processo de corte, é frequente que, além de apertar os incisivos de ambas maxilas, sintamos a necessidade de as deslocar para encontrar outra possibilidade de corte.

Seguindo com a tarefa de preparação do alimento, e com o auxílio, muito importante e automático, da língua, a massa de alimento vai mudando de lugar e assim possibilita o conseguir um esmagamento, uma mastigação, perfeita.

É um erro, que se paga com digestões demoradas e molestas. É, pois recomendável mastigar até sentir que a pasta de alimento é uniforme e leve, ou seja: não engolir apressadamente, como um alarve.

Se ao arco dentário da maxila inferior fosse exactamente coincidente com a dentição superior, não mastigaríamos de forma conveniente. Que o digam os ruminantes, nomeadamente as vacas, que mastigam continuadamente sem ingerir nova quantidade de alimento.

Na próxima entrada penso referir a coincidência das articulações dos membros da maioria dos animais terrestres.


Na seguinte entrada penso falar nas articulações dos vertebrados.

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