sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

MEDITAÇÕES - Leituras sérias


ACERCA DO MARQUÊS DE POMBAL


Nestes dias de recolhimento deu-me para ler alguns dos livros que tenho sobre a vida e andanças de JOSÉ SEBASTIÃO E MELO, que primeiro foi Conde Oeiras, grau que não lhe concedeu nenhum respeito entre a fidalguia portuguesa de então, notáveis pela sua nenhuma vocação para o trabalho, fosse ele qual fosse, mas gozando da vida o mais que pudessem.

Bastante mais tarde Sebastião e Melo foi agraciado com o título de Marquês de Pombal, que deveria abrir-lhe as portas dos velhos fidalgos, mas que, pelo contrário ainda mais os acirrou contra ele, incitados pelos membros da confraria dos fardetas, ou seja, dos jesuítas.

Com algum masoquismo e incitado por leituras anteriores, fui procurar na estante um “pequeno” volume, nada assimilável a um livro de bolso. Mais propriamente um livro de mochila, pois que mede 21x30 na capa e 8 cm de grossura; pesa dois quilos!

Na lombada figura O MARQUEZ DE POMBAL e foi editado em1885, numa edição de 50 exemplares numerados na Imprensa Nacional de Lisboa, por encargo do CLUBE DE REGATAS GUANABARENSE. Por ocasião do centenário da sua morte. No prefácio figuram os nomes das entidades e pessoas a quem se distribuíram os exemplares, figurando à cabeça Sua Mageftade Dom Pedro II, Imperador dop Brasil. E entre os colaboradores encontram-se nomes de brasileiros famosos. Toda a edição segue o acordo ortográfico da época.

Está nas minhas mãos desde décadas e encontrei sinais de já ter lido algumas páginas. Mas não recordo como fiquei dono deste volume. Pode ser que o localizasse num alfarrabista na rua nova da Trindade, quase ao lado da antiga Cervejaria Portugal. E que eu frequentava procurando, e por vezes encontrando outras preciosidades bibliográficas.

Não vos vou maçar com referências da vida do Marquês, que, apesar da contrainformação, foi um homem excepcional. Pelo menos nas suas iniciativas para fazer evoluir o País. É difícil resistir ao impulso de recordar algumas das suas iniciativas, tanto industriais como legislativas. E o meu retraimento deve-se ao sentimento de que são os portugueses “de gema e clara, mais a casca castanha (tudo efeitos de manipulação bioquímica nos alimentos que se dão às galinhas poedeiras) que devem, sentir-se incitados para estudar, com alguma profundidade o percurso e os feitos deste grande homem público.



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